Polícia Federal diz que ex-ministro de Lula atuou ‘em conluio’ com lobista
Relatório da Operação Zelotes que deu base às decisões judiciais que deflagraram a terceira fase
da investigação nesta segunda-feira (26) afirma que Gilberto Carvalho,
ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e ex-chefe do
gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve em
“conluio” com um lobista interessado na edição de uma medida provisória
que beneficiou o setor automotivo.
Segundo a PF, Mauro Marcondes, sócio-proprietário da microempresa
Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa, e outro
escritório de lobby, a SGR Consultoria Empresarial, de José Ricardo da
Silva, pagaram pelo menos R$ 6,4 milhões a “colaboradores” para
conseguirem editar a medida provisória no final de 2009, pela qual foram
prorrogados por cinco anos benefícios fiscais concedidos em uma lei de
1999. Segundo a PF, as duas empresas mais beneficiadas pela nova MP
foram a MMC Automotores do Brasil e a Caoa Montadora de Veículos.
Relatório da Polícia Federal não reuniu provas de que Carvalho
recebeu propina para a edição da medida, mas apontou um suposto
“conluio” entre o ex-ministro e Marcondes “quando se trata defesa de
interesses do setor automobilístico”.
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