Esqueceu até o seu padrinho Cunha
Sobreviveu. Envolvido no redemoinho de intrigas e dissabores entre
Governo Dilma e PMDB e cotado para ser exonerado na recente reforma
ministerial, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB),
escapou do “facão” de Dilma e segue no cargo. Com a permanência do
potiguar no Ministério e ainda a conquista de novos cargos no primeiro
escalão, o seu partido, inclusive, aumentou a participação no governo
petista.
Antes da definição, especulou-se que, com a possibilidade de rompimento
do PMDB com o Governo, somada à peleja pessoal de Eduardo Cunha contra
Dilma, Henrique teria grandes chances de ser exonerado na reforma
ministerial. Pesava contra ele o fato de ser ligado a Cunha e de estar
entre os peemedebistas considerados “conspiradores” pela cúpula do
Governo.
Mas um somatório de sorte, circunstâncias e habilidade política de
Henrique fez com que, em meio a tantas defecções ministeriais, ele se
mantivesse firme e forte no cargo.
Além de ter afinidade com Eduardo Cunha, Henrique se transformou
basicamente, após as mudanças no Ministério de Dilma, no único ministro
da “cota” do vice-presidente Michel Temer.
Sua permanência, examinam analistas, se deveu principalmente ao “corpo a
corpo” com vários integrantes do partido no Congresso, numa estratégia
sábia para se livrar da possibilidade de Temer ficar sem nenhuma
indicação na composição da nova equipe. Vale lembrar que o
vice-presidente se afastou de Dilma principalmente após ter deixado o
cargo na articulação do Governo.
A vida de Henrique como ministro, todavia, não tem sido e deve
continuar não sendo nada fácil. Isso porque sua pasta, o Turismo, tem
sofrido cortes importantes de verba - que ultrapassam os 50% com relação
ao orçamento de 2014. Aos trancos e barrancos, no entanto, Henrique
vai sobrevivendo.
PN
Nenhum comentário:
Postar um comentário