OPINIÃO DO LEITOR

Nome*:	Murilo Ferreira de Araújo.
E-mail*:	monique2003@hotmail.com.br
Assunto*:	Municipalização da Previdência.
Mensagem*:	João André! Andando hoje pelas ruas da cidade notei uma certa inquietação do povo ao falar sobre a tão BADALADA MUNICIPALIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA,e diante esta inquietação popular,resolvi expor o meu ponto de vista: Discordo de tudo que seja feito de forma arbitrária e por imposição aos socos e ponta-pés.Não se pode sonhar uma coisa a noite e ao amanhecer já ditar que cumpra-se,até mesmo porque este sonho não é comum a todos,corre-se um sério risco de que o devaneio de um,vire um eterno pesadelo na vida de muita gente.Não vejo entrave nenhum na aprovação deste plano de previdência municipal,porém desconfio de como está sendo criado e por quem vai ser administrado.Embora não seja uma coisa obrigatória,o plano de municipalização da previdência,a início me parece uma coisa saudável,o que tange o meu de acordo neste processo,é não enxergar,material humano com capacitação e qualificação para lidar com uma coisa tão complexa,e diante desta complexidade pergunto: Quem de fato hoje dos prováveis responsáveis por este novo órgão entende de:- LEI ORGÂNICA DE SISTEMA PREVIDENCIÁRIO,- DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA FEDERAL VIGENTE,- OU DE CÁLCULOS ATUARIAIS??? Estes são apenas alguns itens que deveriam ter sido questionado até mesmo antes da criação do projeto.Tenho visto que: Em todos os municípios em que a municipalização da previdência vem dando certo,há uma empresa com qualificação específica nesta área,sendo muito bem paga para administrar toda esta complexidade de números,se não bastasse,as leis,decretos,portarias e emendas constitucionais referentes a seguridade social,que devem ser rigorosamente obedecidas,estes dentre muitos outros itens me fazem acreditar,que as coisas aqui por si só,como estão não darão certas. Não vejo saídas para que se pague uma empresa idônea para executar aqui também este trabalho,haja visto que,não há recursos para se quer pagar os professores em dia e manter os serviços essenciais como saúde segurança e limpeza urbana.Acho de uma insensatez sem tamanho o ministro da previdência(GARIBALDE ALVES) incitar desta forma os chefes do executivo municipais a municipalizarem a previdência,desta forma garantindo nas mãos de muitos prefeitos irresponsáveis,o repasse de recursos de anos de contribuição dos funcionários,pondo em sérios riscos as suas futuras aposentadorias.Como acreditar numa previdência que passará a depender das contribuições a mando de prefeitos que em sua grande maioria estão hoje devedores das contribuições da previdência e do F.G.T.S.? seria fácil de acreditar e aceitar,se eles já mantivessem estas contribuições rigorosamente em dia,o que acontece exatamente o contrário, e porque será que isto acontece? o que fica provado com isto é que se quando são obrigados por lei,eles não cumprem,imaginem o que irão fazer com uma previdência onde eles terão total autonomia de administrar conforme o seu bel-prazer.Muitos estão de olho apenas no montante do repasse do governo federal a este novo órgão arrecadador que será totalmente submisso às ordens do poder executivo,não estão levando em consideração que uma vez desviados estes recursos,estarão jogando pelo ralo,a esperança de uma aposentadoria justa galgada de muito suor e lágrimas do já tão sofrido e injustiçado funcionário público.Os cabeças de camarão,precisam entender,que a aprovação deste projeto na surdina,deixa transparecer para a sociedade,que os legisladores ou são muito capacitados,conhecedores profundo da complexidade da matéria em questão,o que eu discordo em todos os gêneros,ou caso contrário,os ilustres são portadores de uma imensa incompetência que os impossibilitou de se quer analisar os pontos desvantajosos para o contribuinte,estou convicto que nada neste mundo é totalmente vantajoso,tudo tem vantagens e desvantagens,por isto desconfio desta burra unanimidade na aprovação deste projeto,isto já é o bastante para que a sociedade como um todo,exija dos poderes:executivo,legislativo e judiciário,uma audiência pública onde possamos discutir com quem de fato esteja qualificado os pontos mais polêmicos desta repentina municipalização da previdência,uma vez que não se trata da vida política de quem quer que seja,o que está em questão,é que uma vez aprovado este projeto e o governo repassando os recursos já arrecadados de contribuições anteriores para este novo arrecadador,as cifras advindas do inss,são de por em dúvidas a honestidade de qualquer prefeito municipal,levando em consideração as "dificuldades" que enfrentam,todavia se o gestor maior cair em tentação e comer da maçã proibida,a longo prazo os principais responsáveis pela irresponsabilidade da atual aprovação,não responderão criminalmente futuramente,quando o servidor público municipal procurar se aposentar e o pedido de aposentadoria for indeferido por irregularidades hoje cometidas e não justificadas e nem responsabilizadas pelo atual gestor da época da solicitação.O texto teoricamente está irretocável,o que me faz compará-lo a uma carta apaixonada de um prevaricador enviada a uma moça virgem, que pode até convencê-la a se prostituir,mas o prevaricador jamais cumprirá com a suas juras de amor,onde a longo prazo trará sérias complicações a vida da mocinha,e a carta só terá trazido vantagem para o prevaricador e para a mocinha sérias consequências.Se queriam de fato beneficiar o servidor através de um novo plano de previdência,que tivessem criado sim,um plano de previdência complementar,que gerasse recursos,que desse ao servidor a oportunidade de ter um complemento do seu benefício do INSS,na hora que precisasse se aposentar,e que esta municipalização da previdência se viesse a tona,fosse uma coisa facultativa,e que o funcionário tivesse a oportunidade de discutir e optar ou não por ela,e não desta forma que foi feita,amarrando todos pelos focinhos,feito bichos e arrastando-os e obrigando-os a engolir a seco esta arbitrariedade sem tamanho.Vejo sim um algo de maledicente e de má intenção por trás disto tudo,pois não consegui ainda digerir a ideia do porque de abrir mão de um serviço gratuito eficiente do INSS,e colocar nas costas do município uma carga de responsabilidade que os cofres públicos não estão dimensionados a suportar,além dos eventuais desfalques que por ventura venham a acontecer,isto se não for reparado a tempo vai gerar um grande desarranjo social futuro,e ninguém vai querer responder pelas irregularidades de gestões anteriores e como sempre o maior prejudicado vai ser o servidor público municipal que é quem sempre tem pago a conta sem tirar benefício de nada.