Por: Crésio Torres
ARAUTO DO FUTURO
“O individualismo e o imediatismo poderão
embargar o amanhã na terra dos verdes canaviais”
O velho abutre sanguinolento, forasteiro aventureiro e
usurpador, assiste ansioso o desfecho do processo político que escolherá o
candidato da resistência do vale, contando especialmente, com a possível e
nociva vaidade, com o cruel individualismo e o imediatismo dos pré-candidatos
da resistência do vale, que poderá terrivelmente embargar o amanhã na terra dos
verdes canaviais, abortando mais uma vez, o sonho de inúmeros lúcidos
apaixonados ceará-mirinenses, que sonham em ter de fato um filho legítimo da
terra, conduzindo os rumos dos padecidos munícipes do vale verde, e tão
vitimados por sua vilania. De picadeiro se encontra o velho abutre com seu
semblante sarcástico, com a baba a escorrer pelos cantos do seu anavalhado
bico, aguardando ansioso, contando com as brigas de ego que poderão surgir, e
que poderá promover a discórdia tão sonhada por ele, com isso acontecendo, os integrantes
deste brioso movimento que já ganhou proporções continentais, e que já rouba o
sono do maléfico abutre e seus compassas, mutuamente se fragilizarão, e
apressarão o farto banquete da feroz e ávida ave de rapina, que poupada de
esforço, se deliciará mais uma vez, junto com os seus séquitos, com as saudosas
iguarias oriundas do Massapê.
“É preciso desnudar-se da vaidade em nome
da caridade”
É preciso que estanquem o egoísmo selvagem, o
individualismo bestial, o grande responsável por tantos desencontros, e só
assim quem sabe, poderemos vislumbrar um futuro sem grades, e o nosso mundo tão
compartimentado, cederá lugar a uma consciência coletiva em que todos agirão na
defesa da dignidade dos nossos semelhantes. Pois benévolo é o homem que se despe
da vaidade e do egoísmo em benefício de sua comunidade, que é a sua sacrossanta
família.
“Temos tudo para semear flores, mas numa
fúria insensata, só cultivamos cardeiros.”
Quero fazer um apelo ao bom senso dos homens de bem da
nossa querida “Seara Pequena”, gostaria de convidá-los a humanizarem-se, pois
acredito que, até mesmo “as mãos que manipulam engenhos destruidores, a sua
verdadeira vocação é semear flores, é serem cordiais e fraternas”.
Condição Sine qua non
(Sem a qual não pode ser)
Ou nos destruímos integralmente, alucinadamente
ferindo uns aos outros, ou decidiremos, despidos de vaidades e preconceitos,
sem egocentrismo, e com sabedoria divinal, transformar o monólogo em diálogo,
para que o futuro possa de fato ter asas luminosas. Desta forma, acredito
piamente que: “Do estrume do presente no Vale do Ceará – Mirim vão irromper
árvores frondosas e vigorosas, com frutos sumarentos, para que os homens
vindouros da terra dos verdes canaviais possam saciar a fome e a sede, e falem
de nós com calma e simpatia, por termos sido, apesar dos nossos erros, os desesperados
semeadores de um futuro sem grades”.
“Eu sou como a crisálida que tece na noite
As asas luminosas do futuro.
Pagando um pesado preço
Envolta no meu casulo”
Um comentário:
É verdade Crésio, é por isso que estamos com Dedé que é gente da gente e ama essa terra assim como todos nós.
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