

A sorte do PSD está lançada
A sorte de uma penca de políticos do Rio Grande do Norte sob o comando do vice-governador Robinson Faria está lançada hoje à noite em Brasília. O Tribunal Superior Eleitoral deverá julgar logo mais, em sessão que começa às 19h, o processo de registro do PSD, o partido do Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo.
O julgamento é uma incógnita. Em documento da vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, enviado esta semana ao TSE, constata-se que o PSD não obteve o número necessário de assinaturas para sua criação. Segundo a vice-procuradora-geral eleitoral, o partido do Kassab obteve menos da metade dos apoiamentos que precisa para o registro oficial. Até agora, a sigla tem apenas 45,6% das assinaturas do apoio necessário. Portanto, sem as assinaturas dos eleitores em pelo menos 9 estados da federação não há registro para o PSD.
O partido da boquinha como gostam de chamar os cardeais do Democratas ou o partido que não é de direita, não é de esquerda, nem é de centro como define o prefeito Gilberto Kassab pode ficar de fora das eleições de 2012. O processo de registro nacional do PSD começou a tramitar no TSE no dia 23 de agosto. Para que integrantes do PSD possam disputar as eleições municipais do próximo ano, o partido deve ter o registro aprovado até o dia 7 de outubro. Como se vê, o prazo está em cima, está no limite.
O PSD é alvo de ações do Democratas, do PTB, de um tal de PSPB (partido em formação cujo processo de registro também corre no TSE) e de um deputado federal, o Lúcio Quadros Vieira Lima, do PMDB da Bahia. O Democratas de José Agripino Maia, que perdeu inúmeros quadros para o novo partido, incluindo o prefeito Kassab, é o principal interessado na derrocada do novo PSD. Esse esforço do Democratas tem colocado um ingrediente a mais no jogo de intrigas da base da governadora Rosalba Ciarlini no Rio Grande do Norte, afinal o vice Robinson Faria abraçou o projeto de fundação do PSD para alçar altos vôos na política local já em 2014, quando pretende disputar o Governo ou a vaga do Senado. José Agripino quer ver o cão em figura de gente e não quer ver Robinson Faria. E vice-versa.
O líder do Democratas trabalha para cortar as asas do vice-governador. Há sinais de que este processo está em curso no âmbito da administração estadual. O bunker de Robinson Faria é a Assembleia Legislativa, poder que presidiu durante oito anos. Por enquanto, Rosalba Ciarlini não quer problemas com o vice Robinson Faria. Por enquanto.
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