22/01/2023

PSOL LANÇA CHICO ALENCAR CONTRA REELEIÇÃO DE LIRA: “SEM ANISTIA”

Psol lança Chico Alencar

De volta à Câmara após quatro anos, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) vai disputar a presidência da Casa. Ele foi escolhido pelo Psol para “marcar posição” contra a candidatura à reeleição de Arthur Lira (PP-AL), dada como certa até por adversários políticos.

Segundo Chico, a eventual reeleição com margem esmagadora de votos de Lira favorece Jair Bolsonaro e o Centrão. “Minha candidatura à presidência da Câmara é para marcar posição. Um Lira empoderado, com quase 500 votos, terá um Centrão fortalecido como nunca. Além de vida mansa para parlamentares que apoiaram a tentativa de golpe e escudo para Bolsonaro no Legislativo”, escreveu Chico nas redes sociais.

O deputado do Psol diz que defenderá, durante sua campanha à presidência da Câmara, um parlamento mais democrático, participativo e transparente, sem anistia para os golpistas. “É preciso livrar a Câmara tanto dos golpistas que pedem o voto para tramar contra o Parlamento, quanto dos que querem mais e mais poder para fazer o Executivo refém de seus interesses oligárquicos e corporativos. É por isso que defendo a apuração, pelo Conselho de Ética, do envolvimento de parlamentares com os ataques golpistas do dia 8, além de investigação rigorosa sobre o ex-presidente Bolsonaro”, emendou o deputado fluminense.

Chico afirmou que apresentará nos próximos dias o seu plano para a presidência da Câmara. Ele foi deputado federal por quatro mandatos e atualmente exercia o cargo de vereador no Rio. Historiador e professor universitário, Chico foi filiado ao PT até 2005, quando rompeu com os petistas para fundar o Psol.

O Psol é o primeiro partido a lançar candidatura contra Lira. O atual presidente da Câmara tem o apoio de pelo menos 16 partidos, inclusive do PT do presidente Lula e do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na eleição de 2021, ele chegou ao comando da Casa com o apoio de 11 legendas. Recebeu 302 votos. Para se reeleger em primeiro turno, ele precisa do apoio de ao menos 257 deputados. Se nenhum candidato alcançar esse total de votos, os dois mais votados disputarão o cargo em segundo turno. Vencerá aquele que obtiver maior votação.

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