16/07/2021

'TÔ CREMOSINHO' - DISSE VEREADOR EM ÁUDIO ÍNTIMO VAZADO DURANTE LIGAÇÃO EM SESSÃO

Vereador deixa áudio íntimo vazar em sessão em MG: “Tô cremosinho”, disse Charles Charlão

Um áudio íntimo do vereador Charles Charlão (PP), vazado ao vivo durante sessão de ontem na Câmara de Uberlândia (MG), incomodou outros parlamentares, sendo motivo de reclamação na Casa. Enquanto participava de forma remota da reunião, ele deixou escapar uma conversa com a esposa: “Oi amorzinho, eu tô, eu tô cremosinho”, disse.

Sem perceber, Charlão manteve o áudio aberto e atendeu a ligação da mulher, quando começou a gafe. Ele demorou a notar a situação, repetindo a expressão algumas vezes. A primeira vez ocorreu quando Thiarles Santos (PSL) tentava discursar em plenária e foi interrompido pelas palavras de Charlão: “Amorzinho”, afirmou o vereador. Em seguida, ele emendou “Oi, amorzinho”, enquanto Santos discursava.

Avisado pela Mesa Diretora que o áudio estava vazando, o vereador continuou falando, sem notar o constrangimento causado. “Amorzinho, tô cremosinho”, repete, ao interromper Santos pela segunda vez.

Incomodado com a situação, o vereador do PSL pediu que o presidente da Casa, Sérgio do Bom Preço (PP), fizesse algo a respeito, inclusive com pedido formal de advertência. “Olha o que a gente está ouvindo aqui, presidente”, reclamou Santos.

Na sequência, outros também questionaram a suposta falta de decoro. “Tá cremosinho em casa não é coisa que nós temos de falar durante a sessão. Que é isso, é horário de trabalho, nós estamos trabalhando”, disse Dandara Tonatzin (PT).

O presidente da Câmara alertou o colega de partido mais uma vez sobre o áudio aberto, quando Charlão compreendeu a gafe e justificou que estava em uma ligação.

O vereador afirmou que “cremosinho” é o apelido pelo qual ele e a esposa se referem e pediu desculpas pela gafe. “Carinhosamente, nos chamamos de cremosinhos. Peço desculpas pelo ocorrido, mas às vezes me perco nessas questões de tecnologia e cometo erros”, afirmou.

Já a assessoria de comunicação da Câmara preferiu não se posicionar. Apesar do embaraço, não há prerrogativa para punição pela gafe, segundo informou o departamento jurídico da Casa.

UOL

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