Governadora RN, Fátima Bezerra (PT) diz que prisão de Bolsonaro foi 'baseada em elementos concretos'
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) usou as redes sociais para comentar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22).
Segundo a petista, a decião do Supremo Tribunal Federal foi "baseada em elementos concretos de ameaça à ordem pública".
A governadora ainda declarou que, mesmo em prisão domiciliar, "Bolsonaro seguia atuando politicamente e estimulando manifestações de caráter intimidatório".
"Proteger a nossa democracia é garantir um Brasil justo e forte. Cabe às autoridades assegurar que nenhum agente político, ex-presidente ou cidadão comum ultrapasse os limites da lei. A Justiça cumpriu seu papel com serenidade e firmeza. O Estado democrático se fortalece quando todos respondem pelos seus atos", escreveu a governadora.
Prisão preventiva
O ex-presidente (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), em cumprimento a um mandado autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, que apontou risco à ordem pública e indícios de que Bolsonaro estava planejando uma fuga (clique aqui para ler a decisão na íntegra).
Bolsonaro foi levado diretamente para a Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. O ex-presidente deve passar por audiência de custódia neste domingo (23).
A defesa de Bolsonaro afirmou que a prisão preventiva causa "profunda perplexidade" e traz riscos à vida de Bolsonaro, por causa de seus problemas de saúde. O PL, partido do ex-presidente, disse em nota que a medida é desnecessária e causa espanto.
Principais pontos da postura de Fátima Bezerra na sabatina de Moraes candidato ao STF:
- Crítica à Legitimidade da Indicação: Fátima Bezerra declarou que, se aprovado, Alexandre de Moraes chegaria ao STF "pela porta de um golpe parlamentar", referindo-se ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e ao governo de Michel Temer, responsável pela indicação.
- Vínculo Político-Partidário: A senadora, junto a outros membros da oposição, questionou o fato de Moraes ser filiado a um partido político (PSDB na época) e de ser o atual Ministro da Justiça do governo Temer, o que, segundo ela, comprometia a necessária imparcialidade para o cargo de ministro do STF.
- Posicionamento "Endurecido": A postura de Fátima Bezerra foi marcada por um tom de confronto e oposição ideológica, criticando a base política que sustentava a indicação de Moraes.
Apesar da oposição, Alexandre de Moraes foi aprovado tanto na CCJ quanto no Plenário do Senado e tomou posse como ministro do STF.
Com informações do g1
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