06/11/2025

SERÁ?: CRIME ORGANIZADO NO RIO DE JANEIRO SERÁ INVESTIGADO PELA PF AUTORIZADO POR MORAES

Moraes manda PF investigar crime organizado no Rio de Janeiro...

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta 4ª feira (5.nov.2025) que a PF (Polícia Federal) abra um inquérito para investigar o crime organizado no Rio de Janeiro. A decisão foi anunciada durante audiência realizada no âmbito da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 635, conhecida como ADPF das Favelas. A ação, julgada em abril, busca conter violações de direitos humanos em operações policiais e coibir abusos cometidos contra moradores de comunidades fluminenses.

Segundo Moraes, o inquérito da PF terá como foco o rastreamento de esquemas de lavagem de dinheiro e a infiltração de organizações criminosas em órgãos públicos. A audiência, realizada no Supremo nesta 4ª feira (5.nov), teve cerca de duas horas de duração e contou com a participação de 29 entidades de direitos humanos habilitadas no processo. Cada representante teve 5 minutos para se manifestar. Moraes informou também ter requisitado imagens da megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, em 28 de outubro, que resultou em 121 mortes, para apurar possível uso excessivo da força. Afirmou que a PF conduzirá a investigação principal, com ênfase no rastreamento financeiro de facções criminosas. No encerramento do encontro, o ministro disse que o STF irá acompanhar de perto o cumprimento das medidas determinadas no âmbito da ADPF.

Ele apontou como um dos principais problemas a falta de autonomia e estrutura da Polícia Técnico-Científica do Rio de Janeiro, que permanece subordinada à Polícia Civil, condição que, segundo o ministro, compromete a independência das investigações. OPERAÇÃO CONTENÇÃO A operação Contenção foi deflagrada em 28 de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio. A ação mirou o Comando Vermelho, facção criminosa oriunda do Rio, mas que atualmente opera em todo o Brasil.

Inicialmente, o governo fluminense informou que 64 pessoas tinham morrido, incluindo 4 policiais. Na 4ª feira (29.out), moradores levaram dezenas de corpos que estavam em uma área de mata para a praça São Lucas, na Penha. Fotos tiradas por drones correram o mundo. O número de mortos foi atualizado em 29 de outubro para 121.


Poder360

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