07/11/2025

RESUMO DE NOTÍCIAS


*Condenada a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 e atualmente em prisão domiciliar, a cabeleireira Débora Rodrigues, conhecida por ter riscado a frase “Perdeu, mané”, na Estátua da Justiça, instalada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), precisou sair de casa e ir a um hospital, na última segunda-feira (3), por causa de uma crise de infecção urinária. A saída de Débora de sua residência, que fica em Paulínia (SP), foi comunicada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pelo Núcleo de Monitoramento de Pessoas (NMP) da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, que informou que Débora ficou fora de casa entre 20h38 de segunda e 3h07 da madrugada de terça (4). – Em análise ao referido monitoramento, foi possível constatar que no dia 03/11/2025, às 20h38, o(a) monitorado(a) em questão incorreu na violação: área de inclusão (domiciliar), a qual permaneceu até 04/11/2025, às 03h07 – informou o relatório encaminhado ao STF. O NMP relatou que às 22h07 da última terça, ao identificar o ocorrido, o órgão entrou em contato com o marido de Débora, que confirmou que ela havia sido levada ao Hospital Municipal de Paulínia. Durante o atendimento, os familiares comunicaram à equipe médica sobre a tornozeleira eletrônica, mas, segundo o relatório, não houve atendimento preferencial. Os exames realizados por Débora — de urina, sangue e raio-X — confirmaram o diagnóstico de infecção urinária, conforme relato da família. Após a consulta, ela deixou o hospital por volta das 2h22, fez uma parada de aproximadamente 20 minutos em uma farmácia e chegou em casa às 3h07.


*Réu no processo sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, Symon Castro, que atualmente diz viver na Argentina, interrompeu um debate durante o Fórum de Buenos Aires, do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), evento que vem sendo apelidado de versão sul-americana do Gilmarpalooza. O evento foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), instituição pertencente ao patrimônio do ministro. Symon Castro é réu no STF por supostamente ter participado do ato ocorrido nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. Durante a interrupção, ele afirmou estar há três anos sem ver os filhos, desde que deixou o Brasil para viver na Argentina. – O senhor tem feito um bom papel. Mas Alexandre de Moraes acusa outros que estão aqui no nosso meio de 14 a 17 anos de prisão sem nem ter prova de que entraram dentro dos prédios – declarou Castro, enquanto era contido por seguranças. O réu gravou a ação com o próprio celular e usava um crachá oficial do evento. – Existem pessoas de bem no meio do dia 8, sim, e que não cometeram crime – acrescentou.


*Os Estados Unidos e Israel acusam o Irã de planejar o assassinato da embaixadora israelense no México, Einat Kranz-Neiger. Segundo o governo israelense, autoridades mexicanas conseguiram frustrar a tentativa, em operação realizada neste ano. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel agradeceu à segurança mexicana “por impedir uma rede terrorista dirigida pelo Irã que pretendia atacar a embaixadora israelense em território mexicano”. Um funcionário dos Estados Unidos afirmou que o plano foi articulado pela Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, no fim de 2024, e desmantelado em 2025. O grupo teria recrutado agentes a partir da embaixada iraniana na Venezuela, país aliado de Teerã. – O plano foi contido e não representa uma ameaça atual – disse o oficial norte-americano, sob anonimato. De acordo com o The Guardian, ele ainda declarou que “o caso faz parte de uma longa história de ataques do Irã contra diplomatas, jornalistas e dissidentes”. Nem o governo do México nem a missão iraniana na ONU comentaram o caso. A suposta tentativa ocorre após o bombardeio israelense de 1º de abril de 2024 contra a embaixada do Irã em Damasco, na Síria, que matou oficiais da Guarda Revolucionária. O ataque levou Teerã a lançar mísseis e drones contra Israel, intensificando o conflito.


*A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, autorizou o pagamento de R$ 2,8 milhões para pessoas afetadas pelo regime militar e que receberam anistia. A União também concedeu auxílio financeiro mensal de R$ 2 mil, com pagamento retroativo. As decisões consideram sete recursos protocolados, após análise realizada na 13ª Sessão Plenária do Conselho da Comissão de Anistia, em setembro. Em um dos atos despachados, a indenização chega ao total de R$ 448,4 mil. Segundo o ministério, a pessoa indenizada terá o período do regime militar reconhecido e contabilizado para todos os fins legais — como aposentadoria, tempo de serviço público e direitos trabalhistas. A ministra disse que o ato tem o objetivo de “oficializar, em nome do Estado brasileiro, o pedido de desculpas pela perseguição sofrida no período ditatorial, conceder reparação econômica, de caráter indenizatório, em prestação mensal, permanente e continuada”. As informações são da coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.


*O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), denunciou nesta sexta-feira (7), na cúpula de líderes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, Pará, os grandes bancos por subsidiarem o setor petrolífero e exigiu um plano para superar a dependência dos combustíveis fósseis. Lula também mencionou a guerra na Ucrânia como causa da reabertura de minas de carvão e criticou os gastos com armas em detrimento da luta contra o aquecimento global, algo que, em sua opinião, significa “pavimentar o caminho para o apocalipse climático”. – No ano passado, os 65 maiores bancos do mundo se comprometeram a conceder 869 bilhões de dólares ao setor de petróleo e gás – afirmou Lula em uma mesa de trabalho sobre transição energética. Segundo ele, a Terra já não suporta um modelo de desenvolvimento baseado no “uso intensivo de combustíveis fósseis”. Lula disse que 75% das emissões de gases de efeito estufa têm origem na produção e no consumo de energia. – Não podemos ignorar nem nos intimidar diante da magnitude desse dado – afirmou para o grupo de líderes que participou da sessão. Destacou que “os incentivos financeiros muitas vezes vão na direção contrária à sustentabilidade”.

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