*Em ação conjunta, as polícias Civil e Militar cumpriram, nesta terça-feira (4), dois mandados de prisão preventiva contra criminosos suspeitos de participar do assassinato de Luana Jamilly Lopes de Souza, em Santa Cruz. A ação faz parte da segunda fase da Operação Moscou, que vem desmantelando uma facção criminosa atuante na região. De acordo com as investigações, o crime ocorreu em 28 de abril deste ano. A jovem foi executada de forma brutal por integrantes da facção. Desde então, a polícia intensificou as buscas e já havia prendido outros dois envolvidos na primeira fase da operação. Os novos presos, de 23 e 25 anos, foram localizados no estado de Pernambuco, com apoio das polícias Militar e Civil dos dois estados. Após os procedimentos legais, eles foram encaminhados ao sistema prisional, onde ficam à disposição da Justiça. Mesmo com as prisões, as investigações continuam. A Polícia Civil pede que informações que possam ajudar na elucidação total do crime sejam repassadas, de forma anônima, pelo Disque Denúncia 181.
*O ministro Alexandre de Moraes, do STF, já teria escolhido o destino de Jair Bolsonaro: uma cela especial na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Segundo informações do Metrópoles, Moraes viu imagens do local e deu o aval para a “acomodação” do ex-presidente — com paredes brancas, ar-condicionado e televisão. Bolsonaro cumpre atualmente prisão domiciliar, mas aliados acreditam que o STF pode determinar a transferência já na próxima semana, depois de rejeitar os recursos apresentados pela defesa. A cela teria sido adaptada especialmente para recebê-lo, o que alimenta críticas sobre o tratamento diferenciado dado a políticos e poderosos no sistema prisional. A expectativa é que a estadia do ex-presidente na Papuda seja curta. Até mesmo ministros próximos a Moraes apostam que o STF vai voltar atrás e permitir o retorno à prisão domiciliar, alegando “motivos de saúde” — o mesmo argumento que beneficiou Fernando Collor, em maio, condenado por corrupção. Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. Ele usa tornozeleira eletrônica e é investigado ainda por coação no curso de processo, num inquérito aberto após seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, tentar pressionar autoridades brasileiras com o apoio do governo dos Estados Unidos.
*Após criticar a Operação Contenção no Rio de Janeiro e defender que policiais poderiam neutralizar bandidos armados com fuzis usando somente pedradas, a professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jacqueline Muniz pediu proteção ao governo Lula (PT), relatando estar sendo alvo de ameaças nas redes sociais. Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a solicitação foi enviada ao Ministério dos Direitos Humanos nesta segunda-feira (3) por meio do gabinete do vereador Leonel de Esquerda (PT), coordenador da Comissão de Favelas da Câmara Municipal do Rio. No documento, Muniz pede para ingressar no Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos da pasta. O sistema foi criado em 2019 com o objetivo de fornecer segurança a pessoas ameaçadas devido à sua atuação em prol dos direitos humanos. De acordo com a professora, as ameaças foram estimuladas por parlamentares de direita, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). Cientista política e antropóloga, Muniz causou polêmica durante uma entrevista enquanto comentava a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, sendo quatro deles policiais e os demais ligados ao Comando Vermelho (CV), de acordo com o governo do Rio. – O criminoso tá com o fuzil na mão, ele é facilmente rendido por uma pistola, até por uma pedra na cabeça. Enquanto ele tá tentando levantar o fuzil e colocar o fuzil pra atirar, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito – disse ela.
*O apresentador Ratinho defendeu a operação policial realizada no Rio de Janeiro no último dia 28, e cobrou das autoridades um recrudescimento contra o crime. Em pronunciamento realizado durante seu programa, no SBT, o comunicador afirmou que “tá muito fácil para bandido aqui neste país”, e está na hora de os governantes tomarem providências contundentes no âmbito da segurança pública. Na ocasião, o apresentador expôs o resultado de uma pesquisa de opinião feita com a audiência do programa. De acordo com os dados, 94% disseram ser a favor da Operação Contenção, e 6% contra. – Sinal de que o povo está muito descontente com o jeito que está a violência no Brasil, realmente está muito violento, viu? Tá muito violenta, eu acho que nossos governos e principalmente os nossos juristas, deputados, deveriam mudar um pouco a lei. Tá muito fácil pra bandido aqui neste país. Tá na hora de vocês fazem alguma coisa. Não é culpa de uma ou duas pessoas, não. O Congresso tem que votar leis mais duras para bandido aqui – frisou.
*O governo federal discute se vai prestar assistência aos familiares dos 117 suspeitos mortos na megaoperação policial feita pelo governo do Rio de Janeiro, sob gestão de Cláudio Castro (PL). A ação ocorreu no Complexo da Penha, na Zona Norte da capital fluminense. De acordo com o Metrópoles, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, defende que a União apoie formalmente as famílias afetadas. Ela visitou a comunidade na quinta-feira (30) para ouvir relatos de moradores e classificou a operação como “um fracasso”. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também participou da visita. Apesar da pressão de setores do governo, o Palácio do Planalto trata o tema com cautela. A avaliação é que uma ação direta da União poderia gerar desgaste político e associar o governo Lula ao tráfico e ao crime organizado. Por isso, a tendência é que a ajuda, se houver, seja responsabilidade do governo estadual. O presidente Lula (PT) comentou o caso em entrevista a veículos internacionais nesta terça-feira (4). Ele chamou a operação, que deixou 121 mortos, de 'desastrosa' e afirmou que o país viveu “uma matança”.

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