*O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, ampliou os critérios de restrição para concessão de vistos e poderá barrar candidatos que apresentem doenças crônicas, incluindo obesidade e diabetes. A nova diretriz foi enviada pelo Departamento de Estado a embaixadas e consulados norte-americanos em todo o mundo. O documento cita ainda doenças cardiovasculares, respiratórias, metabólicas, neurológicas e até transtornos mentais como condições que podem levar à negativa do visto. O objetivo, segundo o texto, é evitar a entrada de pessoas que possam gerar altos custos ao sistema de saúde norte-americano — estimados em “centenas de milhares de dólares” em alguns casos. Até então, o processo de avaliação médica para concessão de vistos se concentrava apenas em doenças transmissíveis, como a tuberculose, e na checagem do histórico de vacinação. Com a nova orientação, os agentes consulares deverão avaliar também a probabilidade de o solicitante depender de benefícios públicos nos EUA. A mudança foi revelada pelo portal KFF Health News e confirmada pela Fox News. Segundo o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Tommy Pigott, a medida busca “garantir sustentabilidade” aos programas de saúde e imigração do país, reforçando a política de endurecimento migratório da atual gestão.
*O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) expressou indignação nesta quarta-feira (12) após acompanhar parte da sabatina de Paulo Gonet, indicado à recondução como Procurador-Geral da República (PGR), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Para Marcel, a sessão foi marcada por “encenação política” e pela conivência de parlamentares governistas com abusos do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal (STF). “Saí revoltado da CCJ. O que estamos vendo é uma sabatina fake, com governistas ignorando o fato de que o procurador-geral Paulo Gonet tem permitido que a lei seja rasgada todos os dias, condenando pessoas inocentes apenas por viés político”, afirmou Marcel. A CCJ aprovou a recondução de Gonet ao cargo por 17 votos a favor e 10 contrários. Ainda é necessária a votação no plenário do Senado; votação que deve ocorrer ainda nesta quarta. O deputado criticou duramente a atuação do Ministério Público sob a gestão de Gonet, destacando que denúncias frágeis, sem individualização de condutas e sem provas consistentes vêm sendo aceitas para perseguir opositores, enquanto verdadeiros criminosos são acobertados. Marcel reforçou ainda sua disposição de disputar o Senado em 2027, ao lado de outros nomes da direita e da oposição, para restaurar o equilíbrio entre os Poderes.
*A Ômega Construtora e Incorporadora, investigada por corrupção em Belém (PA), recebeu R$ 4,4 milhões de uma linha de crédito criada pelo Ministério do Turismo para a COP30. O repasse foi feito em setembro, por meio da Caixa Econômica Federal, com recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur). A empresa pertence ao empresário Igor de Sousa Jacob, que é alvo de investigação da Polícia Federal junto com o pai. Os dois são suspeitos de participar de um esquema de desvio de recursos públicos e pagamento de propina. A PF aponta que a Ômega seria uma empresa de fachada usada para “escoar valores ilícitos” de contratos de saneamento. O crédito foi autorizado pela pasta comandada por Celso Sabino, que flexibilizou regras do Fungetur para beneficiar empresas do Pará, seu reduto político. Ele duplicou o limite dos empréstimos e determinou que os bancos só poderiam aprovar propostas com anuência do ministério. Sabino afirmou que não tem “qualquer ingerência” sobre a escolha das empresas e que a análise de crédito é feita pelos bancos. – Se essa empresa não pagar, o banco vai ter que dar conta, pelo contrato que a gente tem com ele – disse ao UOL.
*Nesta quarta-feira (12), em entrevista ao programa Pleno Time, do Pleno.News, a deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) fez duras críticas à organização da COP30, que ocorre em Belém (PA). Ela expôs valores cobrados de empreendedores e expositores durante o evento. Para a parlamentar, a conferência, que se apresenta como símbolo da sustentabilidade e da inclusão social, tem se mostrado um retrato da “hipocrisia” e do mau uso do dinheiro público. – Foram milhões, bilhões investidos para a infraestrutura de todo aquele local. Todas as pessoas que estão ali vendendo os seus alimentos, mantendo stands para demonstrar os seus produtos, pagaram preços exorbitantes. São preços que não condizem com a realidade de outros eventos que se realizam no Norte brasileiro e em todo o Brasil – afirmou Waiãpi. – É a prova notória de que foram praticados preços abusivos em todos os aspectos — desde as licitações até a cobrança por um espaço para expor produtos. É óbvio que a alimentação será caríssima. Isso é o reflexo da hipocrisia do local – prosseguiu. Segundo Waiãpi, o contraste entre o discurso oficial e a realidade no local é evidente. A parlamentar ainda ironizou o cardápio do evento, criticando a incoerência do discurso ambientalista com a prática.
*Governadores de centro-direita pressionaram o presidente da Câmara, Hugo Motta, a adiar a votação do PL Antifacção, projeto que endurece o combate ao crime organizado no país. A reunião aconteceu nesta quarta-feira (12), em Brasília, e contou com nomes de peso: Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Cláudio Castro (PL-RJ) e Romeu Zema (Novo-MG). Os governadores afirmaram que um projeto dessa importância não pode ser votado às pressas, sem um debate mais amplo com a sociedade. Segundo apuração, Romeu Zema chegou a propor uma visita oficial a El Salvador para conhecer de perto o modelo de segurança implantado pelo presidente Nayib Bukele, que conseguiu reduzir drasticamente os índices de violência no país com uma política de mão firme contra facções criminosas. Também participaram da conversa o governador Jorginho Mello (PL-SC) e os vice-governadores Celina Leão (PP-DF) e Daniel Vilela (MDB-GO). O clima foi de consenso: o tema precisa ser discutido com profundidade — e não decidido em cima da hora. Mais cedo, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), já havia feito o mesmo pedido a Motta: adiar a votação do PL Antifacção para a semana de 10 de dezembro. A pressão agora é para que o Congresso leve o combate ao crime a sério — com planejamento e coragem, e não com pressa de manchete.

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