Ex-delegado foi morto a mando do PCC por vingança, diz MPSP
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirma que a morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrida em setembro, em Praia Grande, foi ordenada pela cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) como represália à trajetória dele no combate à organização criminosa.
A promotoria apresentou, na última sexta-feira (21), denúncia contra oito pessoas apontadas como envolvidas na execução.
De acordo com as investigações conduzidas pelo MPSP e pela Polícia Civil, a facção decidiu eliminar o ex-delegado por considerar que ele representava um obstáculo histórico às atividades do grupo. O levantamento aponta que a preparação do ataque começou em março de 2025, incluindo o roubo de veículos, a aquisição de armamentos e a escolha de imóveis que serviriam de suporte logístico.
Em 15 de setembro, os criminosos armaram uma emboscada quando Ruy deixava a Prefeitura de Praia Grande. Ele foi surpreendido por disparos de fuzil efetuados em sequência. Depois da ação, os autores incendiaram um dos automóveis usados na fuga com o objetivo de dificultar o trabalho policial.
A acusação formalizada pelo Ministério Público reúne crimes como homicídio qualificado, dupla tentativa de homicídio, porte de armamento de uso restrito, favorecimento pessoal e participação em organização criminosa armada.
Até agora, a Polícia Civil indiciou 12 suspeitos de envolvimento no atentado. Cinco deles já tiveram a liberdade concedida pela Justiça.

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