Maduro treina soldados para atirarem flechas envenenadas contra os EUA
O regime de Nicolás Maduro está treinando seus militantes para usarem arco e flecha diante de um eventual ataque dos Estados Unidos. O ministro do Interior e da Justiça e secretário-geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, orientou as milícias a adotarem postura de resistência e vigilância diante do que chamou de “ameaça externa extrema” do país norte-americano.
Durante seu programa semanal, na última segunda-feira, 17, Cabello pediu disciplina, firmeza e mobilização total e reforçou que a estratégia oficial é a resistência ativa. “Não vamos parar de nos divertir, nem vamos parar de nos preparar para nos defender”, afirmou sem citar diretamente o presidente Donald Trump ou a presença militar dos EUA no Caribe.
Entre as estratégias de defesa, Cabello delegou às milícias indígenas a tarefa de treinar militantes no uso de flechas com curare, um veneno paralisante. “Eles vão descobrir o que é o curare”, ameaçou em um congresso no início do mês, no qual detalhou o plano de defesa do regime, conforme apuração do portal G1.
Segundo o secretário-geral do PSUV, mais de 4,5 milhões de ativistas com mais de 15 anos integram os Comitês Bolivarianos Integrais de Base, responsáveis por articular as ações políticas e defensivas do regime. “Em meio ao cerco e às ameaças, o povo não se intimida, acata”, afirmou Cabello. “Há quem peça diálogo apenas para se ouvir. Não querem ouvir o nosso povo.”
No último fim de semana, o presidente dos EUA indicou abertura para um possível diálogo com Nicolás Maduro. Ao mesmo tempo, o Departamento de Estado do governo Trump classificou o Cartel de Los Soles, vinculado ao ditador venezuelano, como organização terrorista.
Em resposta, Maduro convocou vigília permanente de militantes em seis regiões do leste do país. Ele caracterizou a ação como uma “fusão popular-militar-policial” e promoveu o hasteamento de bandeiras nacionais. No mesmo discurso, o ditador defendeu a paz e chegou a cantar versos de Imagine, de John Lennon, em inglês.
Enquanto isso, setores do governo dos EUA e da oposição venezuelana sugerem ações contra o regime, incluindo ataques a instalações do país e até troca de governo. Uma intervenção terrestre norte-americana, embora vista como improvável, segue sendo citada como possibilidade, na contramão dos discursos habituais de Trump.
Maduro vira super-herói em peças de propaganda
Para manter a união entre os apoiadores, a cúpula chavista reforça a ideia de ameaça externa e reativou símbolos como o personagem “Super Bigode”, inspirado em Maduro e presente em recentes propagandas.

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