Maduro diz que Jesus é o “Senhor e dono” da Venezuela
O ditador Nicolás Maduro declarou Jesus Cristo como “Senhor e dono” da Venezuela nesta terça-feira (18), durante uma reunião de oração no Palácio de Miraflores, em Caracas, realizada em meio ao aumento da tensão entre o país e os Estados Unidos.
O encontro, transmitido pela TV estatal, reuniu pastores evangélicos, a primeira-dama Cilia Flores e o deputado Nicolás Maduro Guerra, filho do ditador. No evento, chamado de Encontro Binacional de Oração pela Paz, Maduro afirmou que a sede do governo será “um altar para glorificar a Deus”.
– Saibam que este palácio presidencial é verdadeiramente o palácio do povo, e a partir de hoje é um altar para glorificar a Deus, para o povo glorificar a Deus, um grande altar de oração e força – disse.
Maduro leu um manifesto no qual reafirmou Jesus Cristo como “Senhor e mestre” do país. Ele disse ainda que, como cidadão e presidente, está “radicalizado” com Cristo e destacou a liberdade religiosa prevista na Constituição de 1999.
– Reconheço o único Deus verdadeiro e real, o único a quem adoro e honro, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que protege e protegerá nossa pátria – afirmou.
A fala ocorre enquanto Washington mantém operações aéreas e navais no Caribe, classificadas pelos EUA como ações contra o narcotráfico. Caracas, porém, diz que a iniciativa representa uma “ameaça” e tentativa de pressionar o governo.
Na última segunda (17), Maduro declarou que um ataque “militar” ao país seria o “fim político” do presidente americano, Donald Trump. Ele acusou setores dos EUA de tentarem prejudicar Trump com temas ligados ao caso Jeffrey Epstein e à própria crise venezuelana.
Mesmo com as críticas, o venezuelano voltou a dizer que está disposto a conversar diretamente com Trump. O americano também afirmou recentemente estar aberto ao diálogo.
As tensões aumentaram após o Departamento de Estado dos EUA anunciar que classificará o Cartel dos Sóis como organização terrorista estrangeira a partir de 24 de novembro. Washington associa o grupo ao governo Maduro, que rejeita a acusação e a chama de “invenção”.

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