09/11/2025

CANALHICE: E O IRRESPONSÁVEL DIZ QUE ESSA GENTE É SÓ 'VÍTIMA DOS USUÁRIOS'

“Linha de montagem de guerra” em SP fazia até 10 fuzis por dia para CV

A Polícia Federal descobriu em Santa Bárbara d’Oeste (SP) uma fábrica clandestina com estrutura industrial capaz de produzir até 3.500 fuzis por ano — cerca de 10 armas por dia. 

O espaço funcionava sob a fachada de uma empresa de peças aeroespaciais, mas fabricava armamentos para facções criminosas, incluindo o Comando Vermelho (CV).

Estrutura industrial



Segundo laudos da PF, o galpão tinha uma linha de montagem completa, com máquinas CNC, tornos de alta precisão, fresadoras digitais e setores separados de corte, acabamento, montagem e embalagem. No estoque, havia aço 4140 e alumínio 7075, materiais usados na indústria de armas.

Como funcionava a produção

O técnico Anderson Custódio Gomes programava as máquinas com softwares industriais (MasterCam e Fusion 360) e fazia engenharia reversa de modelos como AR-15 e Glock.

As peças eram usinadas, polidas, separadas em kits e enviadas para um depósito em Americana, onde eram embaladas e entregues sob encomenda.

Os peritos afirmam que o padrão de qualidade das peças era compatível com o de fabricantes oficiais.



Vendas e clientes

Mensagens e planilhas mostram que os fuzis eram vendidos por R$ 12 mil a R$ 18 mil cada. Pagamentos eram feitos via Pix e depósitos fracionados, enviados de vários estados. A PF indica ligação direta com o crime organizado.

O que diz a investigação

“Não era improviso. Era uma indústria clandestina de armas.” — Delegado Jeferson Di Schiavi

Quem é quem no esquema

  • Anderson Custódio Gomes – programador CNC e projetista das armas; preso

  • Janderson Aparecido Azevedo – operador de máquinas e testes; preso

  • Wendel dos Santos Bastos – compras e logística; denunciado

  • Gabriel Carvalho Belchior – dono da empresa usada como fachada; responde em liberdade

  • “Milque” – supervisor noturno; foragido

Com informações de Metrópoles

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