“Mulheres trans são homens”, diz famoso biológo evolucionista
Em seu novo livro, The War On Science (A Guerra Contra a Ciência, em tradução livre), o biólogo evolucionista Richard Dawkins defende que a premissa “mulheres transexuais são mulheres” é cientificamente falsa e argumenta que a verdade tem que prevalecer sobre os “sentimentos pessoais”. Na obra, ele afirma que a pauta identitária promovida pela comunidade transativista tem prejudicado o direito das mulheres e conclama as instituições acadêmicas a se apegarem à Ciência.
Em entrevista ao jornal The Telegraph na última semana, ele abordou o tema do livro:
– Eu coloco um limite no slogan beligerante “mulheres trans são mulheres” porque ele é cientificamente falso. Quando levado ao pé da letra, pode infringir os direitos de outras pessoas, especialmente das mulheres. Isso implica logicamente o direito de entrar em eventos esportivos femininos, vestiários femininos, prisões femininas e assim por diante. Esse contrafactualismo pós-moderno se tornou tão poderoso que os jornais se referem ao “pênis delas” como algo normal – apontou.
Dawkins afirmou ainda que há transativistas que têm adotado posturas “surpreendentemente cruéis”, ao pedir a demissão de colegas ou até mesmo agressão para quem não as reconhecem de acordo com o gênero que se identificam.
– Tanto a política quanto os sentimentos pessoais não interferem nas verdades científicas, e isso precisa ser claramente compreendido. Tenho uma opinião muito forte sobre a subversão da verdade científica. Acho que parte do que aconteceu é a mudança da academia em direção ao pós-modernismo, que é pernicioso e provavelmente explica a atual moda da mentira absurda de que sexo é um espectro. Há essa arrogância pós-moderna que, presunçosa e falsamente, descarta a Ciência como uma construção social. A presunção humana aqui é a ideia de que sentimentos pessoais podem mudar a realidade – pontuou.
Na sequência, ele mencionou o caso da escritora JK Rowling, autora da saga literária Harry Potter. JK tem enfrentado duras críticas, além de ondas de cancelamento, por defender que mulheres transexuais não devem ser encaradas como mulheres biológicas. Entretanto, a autora já possui uma carreira fortemente consolidada, diferentemente de outras escritoras, que ficam mais vulneráveis aos transativistas.
– As editoras me disseram que estão sob forte pressão de funcionários juniores para censurar livros por esse tipo de motivo, e a espantosa crueldade do lobby trans, eles são muito dogmáticos e autoritários. J.K. Rowling pode cuidar de si mesma, mas veja como expulsaram Kathleen Stock da Universidade de Sussex, e são sempre as mulheres que sofrem – assinalou.
Para Dawkins, há muitas pessoas em “negação da realidade genética” e um “lobby politicamente poderoso hoje acredita que seu sexo não é geneticamente determinado, mas sim maleável ao seu capricho pessoal”.
pleno.news
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