María Corina Machado diz que dias de Maduro “estão contados”
A líder oposicionista venezuelana María Corina Machado afirmou neste domingo (12) que o ditador Nicolás Maduro “está com os dias contados”. A afirmação foi feita em entrevista concedida por ela ao jornal argentino La Nación, na qual dedicou a seus compatriotas o prêmio Nobel da Paz 2025, concedido a ela na última sexta-feira (10).
Machado disse que ter recebido o prêmio “tem um impacto muito importante tanto para os venezuelanos quanto para o próprio regime, que percebe que o mundo inteiro” legitima sua luta e que “Maduro está absolutamente isolado e seus dias estão contados”. Escondida há mais de um ano, Machado contou como viveu o momento em que descobriu que era a ganhadora do Nobel da Paz.
– A verdade é que o que estamos passando é tão intenso na Venezuela que eu nunca imaginei que algo dessa magnitude pudesse estar acontecendo. E acho que ainda não processei isso – comentou.
A oposicionista elogiou a postura dos Estados Unidos e a descreveu como um fator-chave no isolamento do governante venezuelano.
– A posição firme do presidente [Donald] Trump e do governo dos Estados Unidos para desmantelar os cartéis de drogas mudou completamente a dinâmica – analisou.
Segundo ela, desde as eleições de 28 de julho de 2024, o governo de Nicolás Maduro iniciou “uma queda inexorável” e tem uma estratégia sustentada apenas “na violência e no terror”.
– Se Maduro quer paz, ele deve sair agora. Com ou sem negociação, Maduro está saindo – enfatizou Machado.
Ela também alertou sobre a relação da Venezuela com Cuba e o impacto regional.
– Uma Venezuela liberta representará um golpe, para mim letal, na tirania cubana – opinou.
Machado ainda disse que tem uma grande amizade e um enorme respeito pelo presidente argentino, Javier Milei.
– Ele está fazendo um ótimo trabalho para a Argentina. Acho que nossos países precisam se fortalecer mutuamente porque, no final das contas, aqueles que destruíram a Venezuela também veem Javier como uma ameaça – declarou.
O Comitê Norueguês do Nobel, com sede em Oslo, anunciou na última sexta que Machado foi a vencedora do prêmio Nobel da Paz de 2025 “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para conseguir uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
A ex-deputada, que também dedicou o prêmio ao presidente dos EUA, Donald Trump, por seu apoio à causa da oposição, comentou que o maior tributo a Alfred Nobel, o magnata sueco que criou o prêmio Nobel da Paz, seria garantir a “transição para a democracia” na Venezuela.
EFE
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