08/10/2025

47 DIAS APÓS ACIDENTE, RAFAEL MOTTA CONTA TUDO O QUE PASSOU - VEJA

Por um milímetro não perdi o movimento das pernas, diz Rafael Motta após coma e seis cirurgias

Quarenta e sete dias depois do acidente que quase lhe tirou a vida, o ex-deputado federal e ex-vereador Rafael Motta falou sobre o episódio que mudou completamente a forma de enxergar a vida. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o político potiguar relembrou o momento da queda, os dias em coma, as cirurgias, o processo de recuperação e o que considera “um verdadeiro milagre”.

Nesse período, Motta enfrentou um quadro gravíssimo após a queda de cerca de dez metros durante a prática de kitesurf, que lhe causou múltiplas lesões — entre elas, fraturas em três vértebras, rompimento do brônquio, fratura no rádio e no osso externo, além de um hematoma no coração.

Foram seis cirurgias ao todo, além de 12 dias em coma induzido. Hoje, ele carrega pinos e placas metálicas que ajudaram a reconstruir parte da estrutura óssea atingida, mas comemora o fato de ter preservado todos os movimentos e de estar recuperando plenamente as funções respiratórias e motoras.

Motta sofreu um acidente durante a prática de kitesurf no dia 22 de agosto, nas imediações do Forte dos Reis Magos, em Natal. Inicialmente, ele foi internado no Hospital Walfredo Gurgel, onde passou por cirurgia para tratar uma lesão brônquica. Depois, já em São Paulo, passou por procedimentos relacionados a lesões de coluna e de esterno.

No dia do episódio, uma sexta-feira de ventos fortes na Praia do Forte, Rafael conta que havia decidido encerrar o expediente mais cedo para velejar de kitesurf — esporte que pratica há mais de duas décadas. “Eu tinha adiantado os meus afazeres e resolvi ir para o Forte andar de kite. Já estava no finalzinho do dia, o vento estava muito forte, que é o que todo kite surfista gosta”.

Experiente, ele afirma que jamais imaginava o que estava por vir. “A vida é isso, às vezes você acha que está no controle e, quando menos espera, está entre a vida e a morte, como foi o meu caso. Lembro que eu tinha dado um salto, o espaço lá é um pouco mais curto do que se vê em mar aberto, mas eu dei um salto e eu senti uma rajada de vento que me levou para a areia”.

O acidente

O que deveria ser um fim de tarde de lazer terminou em um evento traumático. “Eu caí de uma altura em torno de 10 metros. Foi uma queda de muito alto e de muito impacto para frente.” Amigos que estavam na praia correram para ajudar, enquanto um médico do Samu, que por coincidência também estava no local, percebeu a movimentação e se aproximou. “Não diria coincidência, mas acho que por um dever divino. Tinha um médico do Samu lá. Ele viu a movimentação e foi me socorrer.

O atendimento rápido fez toda a diferença. Rafael foi levado às pressas para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade do Estado e referência em trauma, onde deu entrada em estado grave. “Se eu tivesse ido para qualquer outro lugar, eu teria morrido. Se eu tivesse esperado mais tempo, eu teria morrido. Disso eu tenho convicção”.

No hospital, exames detectaram o rompimento de um brônquio — a principal via de passagem de ar para o pulmão. Para Rafael, esse foi um dos momentos mais críticos. “O médico detectou que eu estava inchando muito, jogando ar para dentro da cavidade corporal. Estava prestes a entrar em falência respiratória, iria morrer. A rápida detecção e a urgência da cirurgia que fizeram no Walfredo me salvaram”, conta.

Clique no link abaixo e veja a matéria completa:

Nenhum comentário: