Jogadoras se recusam a jogar contra time com mulher trans
Uma partida de futebol feminino foi suspensa após jogadoras de uma das equipes se recusarem a jogar com as rivais, que tinham uma atleta transexual no time. O caso aconteceu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A confusão, entre Leoas e Fênix, aconteceu cinco minutos antes do jogo começar. A técnica do Leoas, Bárbara Augusta, afirmou que foram informadas sobre uma “nova regra” pouco antes do início da partida, quando a organização do campeonato disse que haveria a participação de uma jogadora trans no evento.
A treinadora reforçou que seu time não quis entrar em campo não por homofobia, mas por questões biológicas, já que a adversária trans, chamada Adriana, é mais forte e rápida por ter nascido homem.
– A nova regra causava uma grande deslealdade para nossas atletas, principalmente devido à grande diferença de força e velocidade entre sexos distintos. Eu gostaria que as pessoas entendessem que não é uma questão de preconceito ou transfobia e sim uma questão de justiça no esporte. Lutamos muito para conquistar espaço no futebol feminino. Queremos que seja um ambiente sem vantagens biológicas desleais e que seja justo – disse Bárbara ao portal Midiamax.
A equipe adversário, Fênix, também se manifestou, acusando as Leoas de ferir a dignidade de Adriana por ter oferecido seus uniformes a outros homens, além de injúria e exclusão.
Ao final da partida, as Leoas pediram reembolso da inscrição do campeonato de bairro e, por causa disso, está oficialmente fora da competição. A vitória foi automaticamente para as Fênix. Após a repercussão do caso, as Leoas passaram a republicar notícias de federações internacionais que estão proibindo mulheres trans em esportes femininos.
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