Advogado da Trump Media questiona se Alcolumbre é refém do STF
O advogado da Trump Media e da Rumble, Martin de Luca, questionou neste domingo (24) se o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), é refém do Supremo Tribunal Federal (STF), ao sugerir que processos judiciais estariam impedindo que o senador pautasse pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.
Martin de Luca é autor das ações na Justiça dos Estados Unidos contra Moraes em nome das empresas ligadas ao presidente Donald Trump. O ministro é acusado de atos de censura contra plataformas e cidadãos americanos ou protegidos pelo governo do país norte-americano como asilados políticos.
“Espere um minuto. O presidente do Senado brasileiro [Davi Alcolumbre] que tem 2% de aprovação na pesquisa paga do seu próprio partido e que está bloqueando o impeachment de Moraes, tem processos contra ele e sua família pendentes no Supremo Tribunal Federal? Isso o torna como… um refém? Que casos são esses? É difícil de acreditar”, escreveu Martin de Luca, na rede social X.
‘Papel de bobo’
A mensagem é parte de uma resposta a um comentário sobre postagem em que o advogado americano diz que o Brasil está perdendo credibilidade, oportunidades comerciais e investimentos porque Alexandre de Moraes está “dobrando e triplicando a aposta com o dinheiro dos contribuintes brasileiros”, após Trump aplicar um tarifaço de 50% contra produtos brasileiros e punir o ministro com a Lei Magnitsky.
“Para evitar dúvidas, @Alexandre, literalmente ninguém acredita que você está ‘salvando a democracia’. Fazendo papel de bobo”, comentou Martin de Luca, no post que resultou no diálogo com um perfil que demonstra apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump.
“Exatamente isso. E Alcolumbre tem muitos casos nas mãos do Supremo Tribunal Federal, incluindo ele e outros membros de sua família. Nossa situação é desesperadora!”, disse o perfil denominado @letfigflor, que tem 327 seguidores.
Sem processos ativos
No sistema de buscas processuais do STF não aparecem ações quando se busca pelo nome do presidente do Senado Davi Alcolumbre. Mas o senador que preside o Congresso brasileiro tornou-se réu em uma ação popular no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em maio de 2023, por suspeita de esquema de “rachadinha”, que teria desviado salário de assessoras.
E foi absolvido, em 2019, em outra ação popular que o acusava de enriquecimento ilícito por usufruir de passagens resultantes de milhas acumuladas em voos pagos pelo parlamento. O entendimento da Justiça e do Ministério Público foi de que programa de milhagem oferecido por liberalidade das companhias aéreas em benefício do passageiro não envolvia desvio de recurso público.
No mesmo ano de 2019, o Supremo arquivou dois inquéritos em que o presidente do Senado era investigado por supostos crimes eleitorais durante a campanha de 2014.
DP
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