Doença silenciosa: campanha alerta para risco de câncer de rim
Em 18 de junho celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Rim, e a Sociedade Brasileira de Urologia do Rio Grande do Norte (SBU-RN) realiza ao longo do mês uma campanha para alertar sobre a doença, fatores de risco, formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce para o aumento das chances de cura.
O câncer de rim corresponde a cerca de 3% dos tumores malignos urológicos. Entre 2021 e 2024, esse tipo de câncer levou a óbito 12.414 pessoas no Brasil, das quais 4.514 eram mulheres e 7.900 homens, segundo os dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade do Ministério da Saúde. Entre os principais fatores de risco, está o tabagismo.
Apesar de não ser um dos tipos de câncer de maior incidência no Brasil, o médico urologista e vice-presidente da SBU-RN, Pedro Sales, alerta para o diagnóstico precoce, já que é uma doença silenciosa e não costuma apresentar sintomas no estágio inicial. Por isso, a importância da realização de exames de rotina e consultas com um urologista como uma das formas de prevenção e diagnóstico, já que se identificado precocemente, as chances de cura são de 90%. “A maioria dos casos de câncer de rim são diagnosticados de forma incidental, através de exames de imagem, mas entre os principais sinais de alerta, ou sintomas, está o sangue na urina, dor lombar ou uma massa palpável no abdome”.
Nos estágios mais avançados, outros sinais observados, além dos mencionados pelo médico, são: dor nas costas; inchaço abdominal e nas pernas; febre; perda de peso; perda de apetite; anemia; e cansaço. Entretanto, apresentar um ou mais sintomas desses não significa necessariamente a presença da doença, sendo imprescindível a consulta médica para diagnóstico e tratamento adequado. De acordo com Pedro Sales, a maior incidência de casos se dá em pacientes entre os 50 e 70 anos. Nas crianças, esse tipo de tumor é responsável por cerca de 7% dos cânceres pediátricos, sendo o tumor de Wilms o mais comum.
O estilo de vida influencia na ocorrência do câncer de rim. “O principal fator de risco, de longe é o tabagismo, praticamente metade dos pacientes tem histórico seja de tabagismo ativo ou passivo. Mas precisamos lembrar também de outros fatores, como a obesidade, sedentarismo e doenças crônicas, principalmente hipertensão, diabetes e doença renal crônica, em pacientes que fazem hemodiálise, e têm incidência um pouco maior de câncer de rim”, afirma o urologista.
A escolha por hábitos saudáveis, como boa alimentação, controle de peso e colesterol, ingestão hídrica adequada, prática regular de atividade física e a realização anual de check-ups e exames de rotina são importantes medidas de prevenção. “Uma consulta com urologista uma vez por ano, realização de exames de imagem, um simples ultrassom já é uma forma de prevenção, ou diagnóstico precoce”, alerta Pedro Sales.
Mês de campanha
“A importância da campanha de alerta para o câncer de rim é que como é uma doença silenciosa, quando diagnosticada precocemente suas chances de cura são mais de 90% e pelo contrário, quando diagnosticado tardiamente é uma doença que se torna muito letal, poucos pacientes vão ter chance de cura quando se tem um tumor avançado. E a incidência aparentemente está aumentando com o passar dos anos, principalmente por conta de mudanças de estilo de vida das pessoas, que estão ficando cada vez mais obesas e sedentárias e também pela exposição ao cigarro e toxinas ambientais, de poluição”, ressalta o vice-presidente da SBU-RN.
TN
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