Bruno Henrique é denunciado por estelionato e fraude pelo MP
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal por fraude esportiva e estelionato. O atacante é acusado por suposta manipulação de resultados para beneficiar apostadores.
Promotores do Gaeco consideraram que o jogador teria combinado a aplicação de um cartão amarelo para beneficiar apostadores. Agora cabe à Justiça decidir se a aceita ou não.
"Nos termos em que será adiante detalhado, a presente denúncia tem por objeto a imputação de crimes de fraude a resultado ou evento associado à competição esportiva (art. 200 Lei nº 14.597/2023), bem como de crimes de estelionato praticados em desfavor de pessoas jurídicas que atuam como agentes operadores de quota fixa, nos termos da Lei nº 14.790/2023", disse o parecer do MP.
Caso a denúncia seja aceita, o atacante passa a responder como réu no processo criminal. Se a Justiça entender pelo arquivamento do caso, o jogador é absolvido da acusação na esfera criminal.
Na esfera desportiva, há a possibilidade de Bruno Henrique ser banido, mas ela é remota. Essa punição só é aplicada em caso de reincidência ou se o acusado for o aliciador. Se considerado culpado, o atacante deve pegar suspensão de até dois anos.
A defesa nega o envolvimento do jogador, critica a divulgação de mensagens e diz que ele defende "mais restrições" a apostas esportivas.
"O atleta Bruno Henrique é conhecido e respeitado por sua simplicidade e comprometimento com o esporte. Nunca esteve envolvido em esquemas de apostas. Pelo contrário, acredita que o negócio de apostas deveria sofrer cada vez mais restrições pelas autoridades", diz um trecho do texto da defesa.
Relembre o caso
Bruno Henrique foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva. O lance que tornou o jogador suspeito aconteceu em uma partida do Brasileirão de 2023, contra o Santos, em que ele recebeu cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo.
Como resultado do suposto esquema, parentes do atacante rubro-negro teriam conseguido realizar apostas com alta margem de retorno financeiro. O irmão de Bruno Henrique, Wander, apostou R$ 380,86 e recebeu R$ 1.180,67. Sua esposa, cunhada do jogador, teria apostado em duas plataformas distintas.
De valor inicial, a mulher apostou R$ 380,86 e R$ 500,00, e recebido, respectivamente, R$ 1.180,67 e R$ 1.425,00 de retorno. A prima do atleta também apostou R$ 380,86 e recebeu de volta a mesma quantia.
A PF analisou 3.989 conversas no WhatsApp do flamenguista. Muitas delas estavam apagadas, o que indica, para a PF, que o jogador deletou parte dos registros. No celular do irmão do jogador, que também foi apreendido, foram flagrados diálogos que mostram o envolvimento de Bruno Henrique. Além dos dois, a PF indiciou Ludymilla Araujo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima) pelo caso.
Band
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