“Lula perdeu capacidade de enfeitiçar os brasileiros”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é, em seu terceiro mandato, somente uma “sombra melancólica” do que já foi, segundo avaliação do jornal O Estado de S. Paulo. Em editorial intitulado O Crepúsculo do Demiurgo, o jornal aponta, com base em pesquisas de opinião recentes, que o petista já não consegue mais enfeitiçar os eleitores com sua “parolagem” e está vulnerável na disputa eleitoral até mesmo frente a nomes de menor musculatura política.
– Por mais competente que Lula seja como encantador de serpentes e de eleitores, não foi possível minimizar o impacto da sondagem da Genial/Quaest divulgada nos últimos dias. Não só porque Lula aparece como desaprovado por 57% dos entrevistados, o pior nível desde o início de seu mandato, como começa a ter dificuldades para liderar a corrida eleitoral na hipótese de concorrer à reeleição. Como mostrou o levantamento, o petista hoje empata até mesmo com nomes de menor musculatura eleitoral, como os governadores do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e como a novata Michelle Bolsonaro (PL) – observa o jornal.
Para o veículo de imprensa, o chefe do Executivo, que se encontra na vida pública desde o fim dos anos 80, “está em seu crepúsculo”, não apenas devido à idade, mas também pela sua falta de êxito em ludibriar os brasileiros.
O editorial observa que, entre a última pesquisa da Quaest e a nova, se passaram dois meses em que o líder do Planalto anunciou uma série de benefícios “clássicos da cartilha populista do lulopetismo”, e mesmo assim não foi capaz de reverter sua queda de aprovação.
– Obcecado com a impopularidade, inconformado com a desaprovação e ansioso com as eleições do ano que vem, o presidente Lula anunciou no período uma leva de benefícios, entre os quais isenções para motoristas de aplicativos, linha de crédito para reforma de casas do programa Minha Casa Minha Vida, o novo vale-gás, o projeto que isenta de IR quem ganha até R$ 5 mil e outras medidas clássicas da cartilha populista do lulopetismo. Nesses dois meses, Lula também não parou de falar, em geral com um triunfalismo totalmente dissociado da realidade, apostando na mitologia que foi criada em torno de suas qualidades como animador de comícios. (…) Os métodos do ex-líder sindical, no entanto, se mostram cada vez menos eficazes – adicionou o periódico.
O texto também observou que, associada à falta de persuasão, estão escândalos como o do roubo de aposentados e pensionistas do INSS, que contribuem para a insatisfação da população.
– Para quem se considera enviado de Deus para levar água ao sertão, deve ser uma frustração e tanto – ponderou o Estadão.
pleno.news
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