Ativista brasileiro detido por Israel levando ajuda para Gaza está em greve de fome
O ativista brasileiro Thiago Ávila, detido pelas forças israelenses na embarcação Madleen que tentava levar ajuda humanitária para Gaza, faz greve de fome e de sede. A informação foi confirmada pela Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês).
“O Estado impôs proibições de entrada por 100 anos a todos os que estavam a bordo do ‘Madleen’. Thiago Ávila está em greve de fome e de água. Outros relatam condições insalubres, incluindo infestações de percevejos e falta de acesso à água potável”, escreveu a FFC em publicação nas redes sociais.
Em comunicado divulgado na noite desta terça-feira (10), o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha a situação de Thiago Ávila. Com a chegada da embarcação em Israel, agentes consulares da embaixada brasileira em Tel Aviv foram encaminhados ao aeroporto para acompanhá-lo durante o processo de deportação.
“Tendo em vista sua recusa em ser imediatamente deportado, o ativista brasileiro foi levado a um centro de detenção israelense. A Embaixada do Brasil acompanhou o depoimento de Thiago Ávila à Juíza do Tribunal de Revisão de Detenção e continua a prestar-lhe assistência”, informou o Itamaraty.
“Ao reiterar sua firme condenação à interceptação, em águas internacionais, por forças israelenses, da embarcação “Madleen", em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e saúde”, acrescentou a pasta.
No comunicado, o Itamaraty deplorou a continuidade de “severas restrições, em violação ao direito internacional humanitário, à entrada de itens básicos de subsistência no Estado da Palestina” no contexto da situação humanitária em Gaza, onde há fome e desnutrição generalizadas.
Band
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