Portugal derrota socialistas e Chega, de direita, cresce
As eleições parlamentares portuguesas registraram novo salto do partido Chega, de direita, que, na definição do seu principal líder, Andre Ventura, “matou o bipartidarismo”. O Chega elegeu 58 deputados para a Assembleia da República de Portugal, empatando com o tradicional Partido Socialista (PS), que tem protagonizado a alternância de poder com o PSD do primeiro-ministro Luís Montenegro.
Montenegro liderou a coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), que conquistou 32,7% dos votos nas eleições deste domingo (18), enquanto o Chega e o PS somaram 23% cada. Para governar com maioria de votos, o primeiro-ministro será refém de uma aliança com os opositores do PS, em razão da negativa reiterada do Chega de associar-se a qualquer desses partidos tradicionais.
Confira o número de cadeiras conquistado pelos partidos e coligações:
- AD: 89
- PS: 58
- Chega: 58
- Iniciativa Liberal: 9
- Livre: 6
- CDU: 3
- JPP: 1
- PAN: 1
- Bloco de esquerda: 1
Enqunto os socialistas obtiveram um dos piores resultados eleitorais da sua história, conquistando as mesmas 58 cadeiras que o Chega, de direita, fundado há apenas seis nos, e que foi o partido mais votado em regiões importantes como o Algarve, ao sul de Portugal.
Brasileiros afetados
Os imigrantes brasileiros que vivem em Portugal estão no centro de algumas polêmicas da campanha eleitoral, com a possibilidade de mudança nas regras para concessão da cidadania portuguesa. O atual governo quer aumentar de cinco para até dez anos o tempo mínimo de residência para imigrantes terem direito a solicitar a nacionalidade, os mais de 500 mil brasileiros que vivem no País.
Ao contrário da última eleição, desta vez houve participação mais significativa dos votantes. A abstenção ficou em 35%, a mais baixa em 30 anos e bem melhor que os 40% no ano passado.
DP
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