PF prende um dos maiores traficantes do país em condomínio de luxo no Rio de Janeiro
A Polícia Federal prendeu no domingo (2) um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil, em um condomínio de luxo no bairro Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A prisão de Lindomar Reges Furtado ocorreu após uma caçada de três anos, com a colaboração de autoridades paraguaias e da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE).
Lindomar, conhecido por sua habilidade em escapar das forças de segurança, fugiu em fevereiro de 2022 durante uma operação da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad) e do Ministério Público, realizada no condomínio Paraná Country Club, em Alto Paraná.
Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento exato em que ele saiu pelo portão principal em uma Toyota Hilux preta, apenas segundos antes da chegada das autoridades. O veículo utilizado na fuga pertencia à funcionária de uma empresa ligada ao ex-presidente paraguaio Horacio Cartes, investigado por esquemas de lavagem de dinheiro e contrabando de cigarro.
O traficante, de 46 anos, era procurado tanto pela Justiça brasileira quanto pela paraguaia. Ele foi um dos principais alvos da Operação Turfe, uma investigação de um ano e meio que revelou um esquema sofisticado de tráfico internacional de cocaína. A droga era enviada da Bolívia e da Colômbia ao Brasil e, posteriormente, despachada para a Europa escondida em contêineres de cargas legais.
Ao longo da operação, mais de oito toneladas de cocaína foram apreendidas, e cerca de R$ 11 milhões em ativos financeiros da quadrilha foram bloqueados. O grupo também utilizava a compra e venda de cavalos de corrida e casas de câmbio como formas de lavar o dinheiro proveniente do tráfico.
Durante sua captura no Rio, Lindomar usava o nome falso de Fabiano e vivia em uma casa onde também estavam membros de uma outra família, que não foram detidos. Sua prisão é considerada um marco na luta contra o tráfico internacional de drogas, mas ainda expõe os elos perigosos entre organizações criminosas brasileiras e paraguaias.
jornaldacidadeonline
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