14/02/2025

RESUMO DE NOTÍCIAS

Resumo

*O papa Francisco foi internado no hospital Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, na manhã desta sexta-feira (14), para realizar alguns exames diagnósticos e continuar o tratamento contra a bronquite, segundo informou o Vaticano. Apesar da questão de saúde, o pontífice não cancelou sua agenda para esta sexta e se encontrou, por exemplo, com o presidente da Eslováquia, Robert Fico. Foi somente depois das reuniões que Francisco foi levado para a policlínica romana. Nos últimos dias, o papa manteve sua agenda, mas optou por receber seus convidados em sua residência, a Casa Santa Marta, e não no palácio papal, para se resguardar por causa da bronquite. Na última quarta-feira (12), o pontífice explicou que ainda sofria com a bronquite e, embora tenha começado a ler a catequese da audiência geral no Vaticano, preferiu não continuar e pediu a um colaborador que continuasse a leitura. Francisco, de 88 anos, também teve que interromper sua homilia na missa por ocasião do Jubileu das Forças Armadas na Praça de São Pedro, no último domingo (9), por causa de dificuldades respiratórias, segundo afirmou então o próprio pontífice. O papa já sofreu no passado com gripe e problemas respiratórios, que o levaram a ficar internado por três dias em março de 2023 no mesmo hospital de Roma para onde foi levado nesta sexta.


*O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), exigiu na 5ª feira (13.fev.2025) que a agência de notícias Reuters devolva US$ 9 milhões aos cofres públicos por um contrato de pesquisa em cibersegurança. O projeto, executado durante seu 1º governo (2017-2021), foi realizado pela Thomson Reuters Special Services, subsidiária independente da agência de notícias. Em seu perfil na rede social Truth, Trump chamou a Reuters de uma publicação “radical de esquerda” e disse que a agência de notícias foi paga pelo Departamento de Defesa norte-americano para atual com “fraude social em larga escala”. Ele escreveu, em letras maiúsculas: “Devolvam o dinheiro agora!”. No post, Trump cita o Doge (Departamento de Eficiência Governamental), dirigido por Elon Musk. Foi o bilionário que 1º criticou a Reuters em resposta a uma reportagem sobre seus cortes no governo. “A ‘Reuters’ recebeu milhões de dólares do governo norte-americano para ‘fraude social em larga escala’. Está literalmente escrito no contrato”, disse Musk na rede social X (ex-Twitter). O contrato em questão foi firmado em 2018 pelo Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, com recursos da DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa). O projeto, denominado ASED (Defesa Ativa contra Engenharia Social), focava em detectar e prevenir ataques cibernéticos e tentativas de phishing (técnica por meios tecnológicos que leva usuário a revelar informações pessoais ou confidenciais). A Thomson Reuters Special Services fornece análise de dados e soluções de mitigação de riscos para governos e instituições globais. A empresa tem perfil similar ao de organizações como a LexisNexis. “Chamamos os ataques contra humanos de ‘engenharia social’ porque eles manipulam usuários para realizar ações desejadas ou revelar informações sensíveis”, explicou a DARPA em comunicado sobre o ASED. Sem especificar valores, Trump também questionou pagamentos feitos ao jornal digital Politico e ao The New York Times. Segundo a Casa Branca, são apenas assinaturas de conteúdo para funcionários federais. “Por que pagaram milhões de dólares ao ‘Politico’ para nada”, escreveu na Truth Social. “Devolvam o dinheiro aos contribuintes! Quanto foi pago ao falido ‘New York Times’? É esse o dinheiro que os mantém em funcionamento?”, lê-se na publicação. O episódio se insere em um contexto mais amplo de tensão entre o atual governo Trump e a imprensa tradicional. A Reuters é uma das maiores agências de notícias do mundo, fundada em 1851 e conhecida por seu compromisso com a imparcialidade jornalística. A Thomson Reuters Special Services foi estabelecida como subsidiária separada para manter a independência editorial da agência de notícias.


*A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, informou durante a manhã desta sexta-feira (14) que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, sinalizou a pessoas próximas que a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está finalizada e deve ser apresentada nos próximos dias. Há a expectativa de que o ato ocorra antes do Carnaval. De acordo com a jornalista, a Procuradoria-geral da República (PGR) deve dividir as denúncias e apresentar, num primeiro momento, apenas a acusação de que Bolsonaro teria sido o líder de uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado. Interlocutores também afirmaram que a denúncia deve ser dura e enquadrar Bolsonaro com documentos e depoimentos para sustentar a denúncia. Indiciado pela Polícia Federal (PF) em três artigos de diferentes leis, Bolsonaro pode ser punido de três a oito anos de prisão por “promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, outros quatro a oito anos de prisão por “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”, e adicionais quatro a 12 anos de prisão por “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. Com isso, Bolsonaro pode ser denunciado com uma pena máxima de 28 anos de prisão. Caso Gonet peça punição mínima, o ex-presidente pode ser alvo de um pedido de 11 anos de prisão. No entanto, há poucas esperanças de que isso ocorra, uma vez que envolvidos no 8 de Janeiro foram condenados a 17 anos de prisão.


*Um dos maiores cineastas do Brasil, Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14). Conhecido por filmes como “Bye bye Brasil” e “Deus é brasileiro”, ele tinha 84 anos. De acordo com a Academia Brasileira de Letras (ABL), o cineasta morreu no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações durante uma cirurgia. Membro da ABL desde 2018, Diegues foi um dos grandes nomes do cinema nacional. “Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mantendo-se sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema. A ABL expressa solidariedade à esposa, Renata Almeida Magalhães, e aos filhos”, publicou a instituição. Batizado Carlos Diegues, o artista nasceu em Maceió, Alagoas, em 19 de maio de 1940. Com 6 anos, sua família se mudou para o Rio de Janeiro e criou raízes em Botafogo, bairro onde ele passou toda a infância e adolescência. Diegues deixa quatro filhos — os dois primeiros de seu casamento com Nara Leão. O cineasta era casado, desde 1981, com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães. Um dos mais importantes cineastas brasileiros - Cacá Diegues cursou Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), em uma época em que não havia, no Brasil, escolas de cinema. Na PUC, como presidente do Diretório Estudantil, Cacá funda um cineclube e começa suas atividades como cineasta amador, na companhia de David Neves, Arnaldo Jabor, Paulo Perdigão e outros nomes que se tornariam conhecidos no cinema nacional. Ainda estudante, Diegues começa a dirigir o jornal “O Metropolitano”, órgão oficial da UME (União Metropolitana de Estudantes) e junta-se ao CPC (Centro Popular de Cultura) da UNE (União Nacional dos Estudantes). Tanto o grupo da PUC quanto o de “O Metropolitano” tornam-se, a partir do final da década de 50, um dos núcleos de fundação do Cinema Novo, do qual Diegues é um dos líderes, junto com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade e outros. Seus três primeiros longas-metragens — “Ganga Zumba” (1964), “A Grande Cidade” (1966) e “Os Herdeiros” (1969) — são filmes inspirados em utopias para o cinema, para o Brasil e para a própria humanidade. Polemista, Diegues continua a trabalhar como jornalista e a escrever críticas, ensaios e manifestos cinematográficos, em diferentes publicações, no Brasil e no exterior. Com participação na resistência intelectual e política à Ditadura Militar, Diegues deixa o Brasil em 1969, vivendo primeiro na Itália e depois na França, na companhia da cantora Nara Leão, então sua esposa. A maioria dos 18 filmes do cineasta foi selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto, e exibida comercialmente na Europa, Estados Unidos e América Latina — o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos em todo o mundo.


*A taxa de inflação mensal da Argentina caiu para 2,2% em janeiro, a mais baixa desde meados de 2020, depois que o presidente libertário Javier Milei assumiu o cargo há pouco mais de um ano, introduzindo medidas de austeridade que ajudaram a estabilizar a economia combalida. O aumento do índice de preços ao consumidor argentino ficou um pouco abaixo das previsões de analistas, de 2,3%, e abaixo dos 2,7% de dezembro, uma vitória para Milei, que busca manter o impulso positivo da economia em meio a negociações de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional. Essa taxa, na base anual, se aproximou de 300% no início do ano passado, mas diminuiu desde então, registrando 84,5% em janeiro, segundo dados da agência oficial de estatísticas Indec. A inflação mensal, que atingiu um pico de cerca de 25%, tem se mantido entre 2% e 3% desde outubro. A Argentina, grande exportadora de grãos e produtora de energia em ascensão, vem lutando contra uma inflação de três dígitos nos últimos anos. A redução da inflação é fundamental para o governo de Milei, que deseja eliminar os controles de capital que prejudicam negócios e investimentos. Ele quer que a inflação permaneça abaixo de 2% para permitir o fim dos controles, embora analistas continuem cautelosos quanto à data em que isso poderá ocorrer.

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