12/02/2025

RESUMO DE NOTÍCIAS

Resumo

*Trabalhadores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) decidiram entrar em greve. Segundo a categoria, o motivo para a paralisação é o descumprimento de um acordo, por parte do Governo do Estado, para reajuste do auxílio alimentação. De acordo com assembleia do Sindicato dos Servidores da Administração Indireta (Sinai), a greve começará em 17 de fevereiro (próxima segunda-feira). Em 2024, os servidores assinaram um acordo com o governo prevendo que as negociações sobre o reajuste do auxílio começariam em janeiro, o que não aconteceu. Por causa da frustração de receitas, o governo afirma que só terá como negociar o aumento do repasse em junho. O Sinai diz que os trabalhadores ficaram ainda mais “indignados” após o secretário estadual de Administração, Pedro Lopes, supostamente ter faltado a uma reunião que teria com representantes do sindicato nesta terça-feira (11). Por causa disso, a categoria chegou a ocupar o prédio da Secretaria. Depois, a categoria foi recebida pelo secretário adjunto de Administração, Carlos Cerveira, mas a reunião foi improdutiva. “Carlos nos disse que o governo não irá mais centralizar as negociações no secretário Pedro Lopes, e sim em cada gestor. Mas o diretor do Detran já falou que não tem autonomia para decidir. A verdade é que o governo quebrou parte do acordo”, afirma Alexandre Guedes, coordenador de comunicação do Sinai. Além de cobrar reajuste do auxílio alimentação, os servidores pedem concurso público e o fim do processo de terceirização no Detran.


*A cerimônia de 1 ano da Nova Indústria Brasil, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve sua mesa principal esvaziada nesta 4ª feira (12.fev.2025). Das mais de 50 cadeiras dispostas no Salão Oeste do palácio, ao menos 16 estavam vazias quando Lula chegou ao local. Os lugares vazios, cerca de 1 terço do total, estavam preparados com cadeiras e plaquinhas com os nomes de quem deveria estar sentado ali. Das cadeiras desocupadas, havia nomes como o da Associação Brasileira de Cimento Portland, o Sindicato nacional das Indústrias de Materiais de Defesa e a Nav Brasil, uma empresa de serviços de navegação aérea. Marcado para às 11h, a cerimônia foi começar só às 11h38, quando o presidente chegou ao evento. Naquele momento, várias das cadeiras vazias criavam buracos na mesa principal da cerimônia. Só às 11h44, quando o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, já discursava, que o cerimonial começou a pedir que os convidados presentes se aproximassem e preenchessem os espaços vazios. Além de Lula e Alckmin, o evento também contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da Ciência, Luciana Santos, da Saúde, Nísia Trindade, e do Trabalho, Luiz Marinho. O evento lançou as metas da Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil, focada na defesa nacional. Segundo o Planalto, os investimentos públicos e privados chegam a R$ 112,9 bilhões nessa fase. São R$ 79,8 bilhões públicos, os recursos, entretanto, contam com investimentos já anunciados como o PAC Defesa com R$ 31,4 bilhões. Na 2ª feira (10.fev), o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o orçamento das Forças Armadas está entre os menores da América do Sul e que o Brasil enfrenta dificuldades financeiras para manter sua estrutura militar. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.


*O deputado estadual Tomba Farias (PL) destacou na manhã desta quarta-feira que as vaias dos professores foram o grande destaque na mensagem anual que a governadora Fátima Bezerra (PT) leu nesta terça-feira dia 11, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. “ As convicções entre os deputados são as mesmas, pela primeira vez uma mensagem anual foi feita sob vaias e chacotas por parte dos professores”, ressaltou. Lembrando a condição de professora da governadora, o parlamentar municipalista deixou claro que Fátima Bezerra está rasgando o discurso que fazia na época em que era deputada federal e senadora. “Nessas ocasiões, ela sempre defendeu o discurso dos professores e ontem a gente viu aqui o contrário: os professores nas galerias gritando e pedindo pelos seus direitos, como o pagamento do piso salarial e os acordos que foram feitos e não cumpridos”, disse. Tomba Farias avaliou que a governadora do Estado não deve estar andando pelas rodovias do Rio Grande do Norte, já que em seu discurso não levou em consideração as péssimas condições das estradas estaduais. “A estrada para Pedro Avelino é um desastre, em Coronel Ezequiel e Jaçanã o asfalto as pessoas estão arrancado com as mãos”, revelou, acrescentando que o governo não utiliza o material correto na obras de recuperação das estradas. O deputado do PL também lembrou que outras áreas de importância na administração estadual se encontram diante do caos. “A educação pede socorro, nós somos o último lugar no IDEB do Brasil. Na saúde, o Walfredo Gurgel agoniza, com problemas de infiltrações, sem cirurgias, médicos com salários atrasados há seis meses, além de fornecedores e terceirizados. A governadora não cumpre acordos, seja com professores ou policiais, nem diz o que pretende fazer para resolver, pelo menos, parte desses problemas”, finalizou.


*Um acordo de cooperação técnica entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) abre margem para a comercialização de informações estatísticas e o possível vazamento de dados pessoais e empresariais coletados pelo instituto, segundo servidores. Os funcionários disseram, de acordo com informações obtidas pelo jornal Folha de S.Paulo, que os dados deveriam ser usados exclusivamente para atender ao interesse público. Assim, o acordo com o Serpro começou uma nova crise no IBGE. “O risco de disponibilização de dados estratégicos a uma fundação privada ou a outras empresas compromete não apenas a autonomia do IBGE, mas a credibilidade das informações que embasam políticas públicas”, escreveram servidores em uma carta que circula pelo WhatsApp. Nem Marcio Pochmann, presidente do IBGE, nem sua assessoria se pronunciaram sobre o assunto. Embora o acordo tenha sido assinado em abril passado, foi somente agora que os funcionários tiveram acesso ao conteúdo do documento, que se tornou um novo capítulo na crise entre os servidores do IBGE e o presidente Marcio Pochmann. Esse conflito se arrasta desde setembro passado. O documento menciona o termo “dados pessoais” 36 vezes, mas não esclarece como a parceria lidará com dados sensíveis para prevenir vazamentos, embora afirme que o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um requisito entre as partes. Como este cara não caiu ainda????O maluco conseguiu gerar revolta em mais de 150 chefes do IBGE e uma cacetada de funcionários. Inacreditável. pic.twitter.com/kFWrl5to7u — Felipe Tadewald (@FelipeTadewald) January 31, 2025 - Além disso, os servidores dizem que o texto abre margem para a comercialização de informações estatísticas levantadas com esses dados. O objetivo geral da parceria, segundo o documento, “é a coleta de subsídios técnicos e a junção de esforços para fins de avaliação da viabilidade técnica e comercial de oportunidades de negócios”. “Isso significa que informações estatísticas oficiais podem ser exploradas comercialmente, contrariando o princípio de que os dados do IBGE devem servir exclusivamente ao interesse público”, disseram os servidores na carta. Eles também criticam novamente o fato de Pochmann não ter consultado a área técnica antes de tomar uma decisão de tamanha relevância pública, algo que já ocorreu anteriormente no caso do chamado IBGE Paralelo, fundação que acabou suspensa depois dos protestos de funcionários do órgão sobre o tema.


*O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (12) que conversou por telefone com Vladimir Putin e que o presidente russo concordou com ele em iniciar “imediatamente” as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia. Minutos após o anúncio da ligação, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também disse ter tido uma conversa por telefone com Trump sobre “oportunidade para obter a paz”, segundo um comunicado. “A conversa correu muito bem. Ele, como o Presidente Putin, quer fazer PAZ”, disse Trump, sobre o diálogo. Trump chamou a ligação de “altamente produtiva” e indicou que a conversa ocorreu em tom amistoso. Segundo o Kremlin, a conversa entre os chefes de Estado durou cerca de uma hora e meia. “Acabei de ter uma longa e altamente produtiva conversa telefônica com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. Cada um de nós falou sobre as forças de nossas respectivas nações e os grandes benefícios que, um dia, teremos ao trabalhar juntos. Mas primeiro, como ambos concordamos, queremos parar os milhões de mortes que estão acontecendo na guerra entre Rússia e Ucrânia. O presidente Putin até usou meu forte lema de campanha: “SENSO COMUM”. Concordamos que nossas equipes iniciarão negociações imediatamente e começaremos ligando para o presidente Zelensky, da Ucrânia, para informá-lo sobre a conversa — algo que farei agora mesmo”, afirmou Trump. O Kremlin confirmou a conversa e disse que Vladimir Putin convidou Trump para ir a Moscou discutir o fim da guerra. “O presidente russo convidou o presidente dos EUA para visitar Moscou e expressou sua prontidão em receber autoridades americanas na Rússia nas áreas de interesse mútuo, incluindo, é claro, o tópico de um acordo em relação à Ucrânia”, disse o porta-voz Dmitri Peskov. Putin falou pela última vez com um presidente em exercício dos EUA em fevereiro de 2022, quando teve uma ligação com Joe Biden pouco antes de ordenar o envio de milhares de tropas para a Ucrânia. A conversa ocorre no mesmo dia de uma troca de prisioneiros entre EUA e Rússia. Os russos liberaram o professor Marc Fogel e, em contrapartida, os americanos libertaram um cidadão russo. Também nesta quarta, o novo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, nomeado por Trump, disse que não é realista pensar em um retorno do território ucraniano a suas fronteiras originais. Ele também descartou uma incroporação de Kiev à Otan, a aliança militar do Ocidente. Durante a campanha, Trump criticou a postura de Joe Biden frente à guerra na Ucrânia, incluindo seu apoio total a Kiev, e disse que, uma vez na Casa Branca, acabaria com o conflito em 24 horas. Analistas apontam a relativa proximidade entre o Republicano e Putin.

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