22/01/2025

POEMA RETIRADO DO 'JORNAL DA BESTA FUBANA'

Correspondência recebida

Esse cabra salafrário
Usando de artimanha
Prometeu até picanha
No prato do proletário.
Fez o povo de otário
Esse velho trapaceiro
Fala em ser um justiceiro
Mas só ele é quem enrica;
Da picanha, resta a pica
No boga do brasileiro.


Sem a carne prometida
Faz um forçado jejum
No almoço é jerimum
Na janta é pouca a comida.
Sem esperança de vida
Passa a colher no papeiro
Sem picanha e sem dinheiro
Cada vez mais se complica;
Da picanha, resta a pica
No boga do brasileiro.


Com gastança em demasia
Jogou o povo na lama
Bancando a primeira dama
Dando a ela mordomia.
O pobre é quem financia
O luxo desse embusteiro
Vigarista e cachaceiro
Que promete e não pratica
Da picanha, resta a pica
No boga do brasileiro.


https://luizberto.com/raimundo-goro-natal-rn-11/

Nenhum comentário: