26/01/2025

LAVA JATO: VAMOS RELEMBRAR QUEM ERA QUEM NA LISTA DA ODEBRECHT? - VEJA

Apelidos de políticos na Odebrecht: quem é quem

Parece apenas brincadeira, mas a critividade dos executivos da Odebrecht para criar apelidos a beneficiados de valores repassados pela empresa tinha um motivo prático.

Segundo Benedicto Júnior, diretor do "departamento da propina" da Odebrecht, os apelidos eram usados para que os funcionários do “baixo clero” da área que fazia os repasses irregulares não ficassem sabendo para quem ia o dinheiro.

As pessoas que tinham contato com as autoridades é que escolhiam os codinomes. Como não havia um centralizador nas operações, o mesmo beneficiado pode aparecer com mais de um apelido, ou então, o mesmo apelido ser usado para designar pessoas diferentes.

A lista abaixo tomou como base os vídeos e documentos das delações premiadas de executivos da Odebrecht. Políticos citados na chamada "lista de Fachin" negam as irregularidades.

Confira os apelidos e a quem se referem:

Abelha - Francisco Appio, ex-deputado estadual (PP-RS)
Acelerado - Eduardo Siqueira Campos (DEM-TO)
Aço - Wellington Magalhães, vereador (PTN-MG)
Adoniran - Braz Antunes Mattos Neto, vereador (PSD-SP)
Alemão - Carlos Todeschini (PT-RS)
Angorá, Primo, Bicuíra ou Fodão - Eliseu Padilha, ministro (PMDB-RS)
Aquático - João Fischer (Fixinha), deputado estadual (PP-RS)
Aspirina - Angela Amin, ex-prefeita (PP-SC)
Azeitona - José Fernando de Oliveira, ex-deputado (PV-MG)
Babosa - Paulo Alexandre Barbosa, prefeito (PSDB-SP)
Baianinho - Paulo Hartung, governador (PMDB-ES)
Baixada - Manoel Neca (PP)
Barão - Carlin Moura, ex-prefeito (PC do B-MG)
Barbie ou Belo Horizonte - Marta Suplicy, senadora (PMDB-SP)
Barrigudo - Fabio Ramalho, deputado federal (PMDB-MG)
Bateria - Maria do Carmo Lara Rezende, ex-prefeita (PT-MG)
Bocão - Sandro Boka, ex-deputado (PMDB-RS)
Bonitão ou Garanhão - Fabio Faria, deputado (PSD-RN)
Bonitão, Pavão, Bonitinho, Velho, Casa de Doido - Julio Lopes, deputado federal (PP-RJ)
Boquinha - Sérgio Borges, ex-deputado (PMDB-ES)
Campinas - Francisco Chagas, ex-vereador (PT-SP)
Calvo - Pablito, ex-vereador (PSDB-MG)
Canário - Esmael de Almeida, deputado estadual (PMDB-ES)
Carmem - Fabiano Pereira, ex-deputado (PSB-RS)
Cérebro - Mendes Ribeiro Filho, ex-deputado (PMDB-RS)
Chefe Turco, Kibe ou Projeto - Gilberto Kassab, ministro (PSD-SP)
Cintinho - Mauro Lopes, deputado (PMDB-MG)
Colorido - Fábio Branco, secretário estadual (PMDB-RS)
Coluna - Ana Amélia Lemos, senadora (PP-RS)
Contador - Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT (PT-RS)
Contas - Arselino Tatto, vereador (PT-SP)
Correios - Alexandre Postal, deputado estadual (PMDB-RS)
Crusoé - Robson de Lima Apolinário, ex-deputado suplente (PDT-SP)
Da Casa - Alberto Pinto Coelho, ex-governador (PP-MG)
Da hora - Carlos Melles, deputado federal (DEM-PR)
Dentada - Gustavo Correa , deputado estadual (DEM-MG)
Diamante - Paulo Abi Ackel, deputado federal (PSDB-MG)
Disco - Luiz Paulo Correa da Costa, deputado estadual (PSDB-RJ)
Doutor - Juarez Amorim (PPS-MG)
Ema - Lúdio Cabral, ex-vereador (PT-MT)
Enteado - José Otávio Germano, deputado federal (PP-RS)
Escuro - Marco Alba, prefeito (PMDB-RS)
Eva - Adão Vilaverde, deputado estadual (PT-RS)
Fazendão - Elbe Brandão, deputada estadual (PSDB-MG)
Ferrari ou Grisalhão - Delcídio do Amaral, ex-senador (MS)
Filhinho ou Filinho ou Gordo - Dimas Fabiano Jr., deputado federal (PP-MG)
Filho - Paulo Bornhausen, ex-deputado (PSB-SC)
Flamengo - Adrian Mussi, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
Fósforo - Tarcísio Caixeta, vereador (PC do B-MG)
Frances - Célio Moreira, deputado estadual (PSDB-MG)
Garoto - Otávio Leite, deputado federal (PSDB-RJ)
Grenal - Valdir Andres, ex-prefeito (PP-RS)
Gripe - Cesar Colnago, vice-governador (PSDB-ES)
Gripado ou Pino - José Agripino, senador (DEM-RN)
Guerrilheiro - José Dirceu, ex-ministro (PT), ou João Vaccari, ex-tesoureiro do PT
Igreja - Bernardo Santana, deputado (PR-MG)
Inferno - Ronaldo Santini, deputado estadual (PTB-RS)
Italiano - Audifax Barcelos, prefeito (Rede-ES)
Itumbiara - Edson Aparecido dos Santos (PSDB-SP)
Jacaré - Jader Barbalho, senador (PMDB-PA)
Jangada - Luiz Carlos Busato, deputado federal (PTB-RS)
Jogador - Márcio Reinaldo, prefeito (PP-MG)
Lagarto ou Largato - Gil Pereira, deputado estadual (PP-MG)
Lamborghini - Luiz Fernando T. Ferreira, deputado estadual (PT-SP)
Louro - João Alves Filho, ex-prefeito (DEM-SE)
Magma - Guilherme Lacerda (PT-ES)
Manaus - Aloysio Nunes, ministro (PSDB-SP)
Masculina - Iriny Lopes, ex-deputada federal (PT-ES)
Menino da floresta - Tião Viana, senador (PT-AC)
Mercedes - Edinho Bez, ex-deputado federal (PMDB-SC)
Metalúrgico - Nilmário Miranda, secretário estadual (PT-MG)
Montanha - Paulo Pimenta, deputado federal (PT-RS)
Navalha - Arlete Magalhães, deputada estadual (PV-MG)
Novo - Max Filho, prefeito de Vila Velha (PSDB-ES)
Oxigênio - Hudson Braga, secretário de obras do RJ
Padre - Josenildo Sinésio, ex-vereador de Recife (SD-PE)
Padrinho - Eduardo Azeredo, ex-governador de MG (PSDB-MG)
Paris - Márcio França, vice-governador de SP (PSB-SP)
Passadão ou Triângulo - Jorge Bittar, ex-deputado federal (PT-RJ)
Pavão - Ivar Pavan, ex-deputado estadual (PT-RS)
Persa - Ayrton Xerez, ex-deputado federal (DEM-RJ)
Ponta Porã ou Corredor - Duarte Nogueira, prefeito (PSDB-SP)
Pós-italiano ou Pós-itália - Guido Mantega, ex-ministro
Protegida - Lorena de Fátima Arrué Dias, candidata (PSDB-RS)
Rasputinzinho - Bernardo Ariston, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
Ribeirão Preto - Roberto Massafera, deputado estadual (PSDB-SP)
Sapato - Alexandre Passos, ex-presidente da Câmara de Vitória (PT-ES)
Segundo - Juarez Amorim (PPS-MG)
Silo - Alexandre Silveira, secretário estadual de saúde (PSD-MG)
Teco - Tico Lacerda (PDT-SC)
Timão - Andrés Sanchez, deputado federal (PT-SP)
Tio - Gustavo Valadares, deputado estadual (PSDB-MG)
Todo Feio e Cunhado - Inaldo Leitão (sem partido)
Trincaferro - Beto Albuquerque, deputado federal (PSB-RS)
Vaqueiro - Ronaldo Caiado, senador (DEM-GO)
Verdinho - André Correa, deputado estadual (PSD/RJ)

Partidos

Além dos políticos, as planilhas da Odebrecht também mostraram que alguns partidos eram identificados como times de futebol. Por exemplo, o PT era o Flamengo, e o PSDB, o Corinthians. O PR ganhou o codinome de São Paulo e o DEM, de Fluminense (veja a lista completa abaixo).

Os documentos foram entregues ao Ministério Público Federal (MPF) pelo delator Luiz Eduardo Soares, que atuou no Setor de Operações Estruturadas – como era chamado o departamento de propinas da empreiteira.


g1

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