10/11/2024

RESUMO DE NOTÍCIAS



*Os aportes em previdência privada aberta no país chegaram a R$ 146,9 bilhões durante os nove primeiros meses de 2024, aponta o último relatório elaborado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O montante representa aumento de 17,6% ante o mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, os resgates aumentaram 3,4%, somando R$ 99,3 bilhões, e captação líquida de R$ 47,7 bilhões, alta de 64,6%. Os valores não consideram a inflação do período. Segundo a Fenaprevi, existem mais de 14 milhões de planos de previdência privada aberta no Brasil, sendo 80% individuais e 20% coletivos. “O cenário de recuperação do emprego e renda contribuiu para os resultados do setor. Somado a isso temos o aumento da preocupação com o envelhecimento e a necessidade de mais recursos financeiros por mais tempo”, contextualiza Edson Franco, presidente da Fenaprevi. Os planos Vida Gerador de Benefícios Livre (VGBL) são os mais populares para quem adere à previdência privada. Ao todo são 8,9 milhões de planos contratados, responsável por 92% da captação total no período, aproximadamente R$ 135 bilhões. Este tipo de plano de previdência é direcionado para quem é isento ou declara o Imposto de Renda pelo modelo simplificado. Já o Plano Gerador de Benefício Livre ficou com 22% dos contratos comercializados, com captação de R$ 9,1 bilhões, 6% do total arrecadado. A modalidade é utilizada por contribuintes que fazem a declaração de Imposto de Renda pelo modelo completo, ou seja, que possuem mais despesas para deduzir. Os demais 15% são planos tradicionais de previdência privada aberta, que representam 2,2 milhões de contratos e R$ 2,2 bilhões dos aportes no intervalo de tempo analisado. Em setembro de 2024, os ativos em planos de previdência privada ultrapassaram R$ 1,5 trilhão.


*A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o assassinato do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, morto a tiros no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. A investigação será realizada em conjunto com a Polícia Civil do Estado, mas o governo federal avalia a possibilidade de federalizar o caso, o que dependeria de um pedido formal à Procuradoria-Geral da República e, em seguida, de aprovação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), dado o caráter delicado da situação. Gritzbach, figura central nas investigações sobre o PCC (Primeiro Comando da Capital), havia firmado em março um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), comprometendo-se a fornecer informações detalhadas sobre a facção criminosa. Ele relatou o modus operandi da organização, bem como a estrutura de lavagem de dinheiro operada pelo PCC. A facção havia concluído que o empresário desviou cerca de R$ 100 milhões e ordenou a execução de dois de seus membros em 2021. A vítima já havia sido sequestrada por membros do PCC, sendo torturada durante o cativeiro. No acordo de colaboração, homologado pela Justiça em junho, Gritzbach apresentou provas de suas acusações, incluindo transferências bancárias e contratos, além de admitir seu envolvimento em atividades de lavagem de dinheiro, como a venda de imóveis de alto valor. Ele residia em um apartamento de luxo avaliado em R$ 10 milhões e teria optado por não aceitar a proteção oferecida pelo MPSP, mantendo sua rotina usual. Em vez disso, contratou segurança particular feita por policiais militares, agora suspeitos de colaborar com os assassinos. O ataque no aeroporto envolveu 29 disparos, dos quais 10 atingiram o empresário. Os responsáveis pelo crime fugiram em um veículo que foi posteriormente abandonado e localizado pela polícia. Em nota, o Ministério Público de São Paulo reiterou o compromisso de identificar e responsabilizar os autores do homicídio.


*O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na quinta-feira, 07. Essa foi a primeira conversa telefônica entre os dois desde que Trump venceu a eleição, de acordo com várias pessoas informadas sobre o assunto. Durante a ligação, que Trump fez de seu resort na Flórida, ele aconselhou o presidente russo a não aumentar a guerra na Ucrânia e o lembrou da considerável presença militar de Washington na Europa, segundo uma fonte inteirada com a ligação, que, como outros entrevistados para esta história, falou sob condição de anonimato para discutir um assunto delicado. Os dois homens conversaram sobre a meta de paz no continente europeu e Trump expressou interesse em dar continuidade às conversas para discutir “a resolução da guerra da Ucrânia em breve”, disseram várias das pessoas. Em sua campanha presidencial, Trump disse que daria um fim imediato à guerra na Ucrânia, embora não tenha dado detalhes sobre como pretendia fazer isso. Ele sinalizou em particular que apoiaria um acordo em que a Rússia mantivesse algum território capturado e, durante a ligação, levantou brevemente a questão da terra, disseram fontes familiarizadas com o assunto. A ligação, que não foi relatada anteriormente, ocorre em meio à incerteza geral sobre como Trump redefinirá o tabuleiro de xadrez diplomático mundial de aliados e adversários dos EUA após sua vitória decisiva na terça-feira, 05. Trump disse à NBC na quinta-feira, 07, que havia conversado com cerca de 70 líderes mundiais desde a eleição, incluindo o presidente ucraniano Volodmir Zelenski – uma ligação da qual Elon Musk também participou. O governo da Ucrânia foi informado sobre a ligação de Putin e não se opôs à realização da conversa, disseram duas pessoas próximas do assunto. As autoridades ucranianas há muito entenderam que Trump se envolveria com Putin em uma solução diplomática para a Ucrânia, afirmaram as fontes. As ligações iniciais de Trump com líderes mundiais não estão sendo conduzidas com o apoio do Departamento de Estado e de intérpretes do governo dos EUA. A equipe de transição de Trump ainda não assinou um acordo com a Administração de Serviços Gerais, um procedimento padrão para transições presidenciais. Trump e seus assessores desconfiam de funcionários de carreira do governo após o vazamento de transcrições de telefonemas presidenciais durante seu primeiro mandato. “Eles estão apenas ligando diretamente para ele [Trump]”, disse uma das pessoas familiarizadas com as ligações.


*Os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de São Paulo publicaram editoriais criticando a política econômica do governo Lula (PT) e acusando-o de produzir inflação ao aumentar os gastos sem pensar nas consequências. Com o título de Risco de inflação com crescimentopífio pela frente, a Folha diz que a ” persistente alta da inflação, mesmo diante de juros escorchantes, é sinal claro de que a política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é insustentável e precisa de ajuste urgente”. O editorial – que traz a visão do próprio jornal sobre o assunto, declara que a resistência de Lula e do PT em encarar um ajuste do orçamento se dá porque eles “continuam presos ao populismo” e à ideia de que “gasto público é caminho para prosperidade”. Enquanto o governo não faz o que precisa ser feito, a população sofre com alta da inflação acumulada em 12 meses para 4,76% e com a alta elevada do dólar nos últimos dias. – Além de choques conjunturais, a pressão maior sobre os preços é umbilicalmente ligada ao excesso de gastos do governo, que impulsiona a demanda além da capacidade produtiva e fragiliza as contas do Tesouro Nacional – diz parte do artigo. O Estadão, por sua vez, publicou o artigo com o título Inflação mais alta e mais disseminada, também citando os resultados levados em conta pelo Banco Central, como a apuração do IPCA de outubro, que fez com que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentasse a taxa de juros para 11,25% ao ano. Na visão do jornal, a inflação alta no país não depende apenas de fatores externos, mas de “fatores domésticos” e “a disposição do governo em buscar e manter o equilíbrio das contas públicas talvez seja o mais importante deles”.

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