17/10/2024

RESUMO DE NOTÍCIAS


*Os processos para doação de órgãos no Rio Grande do Norte são submetidos a rigorosas avaliações, que consistem em analisar o histórico de saúde do provável doador e a realização de exames que possam detectar diversas doenças, conforme explica a coordenadora da Central de Transplantes do RN, Rogéria Nunes. “O processo para doação é seguro e de muita confiança, porque nossos laboratórios são credenciados e auditados”, diz ela, referindo-se ao Lacem, que coleta as amostras e encaminha para o Hemonorte para a realização de testes sorológicos. “Tudo é feito seguindo as normas do Sistema Nacional de Transplantes”, afirma Nunes. Segundo ela, não basta apenas querer ser doador. “Há uma avaliação criteriosa para que não sejam levadas doenças ao receptor. Então, a gente analisa histórias de neoplasias e de cirurgias. Se a pessoa já teve câncer, por exemplo, não pode doar. Em relação às infecções, a gente colhe vários exames para afastá-las dos pacientes à espera de um transplante. São realizadas sorologias para hepatite B e C, HIV e HTLV (vírus da mesma família do HIV). Além disso, é feito um rastreamento para detecção de sífilis”, descreve Rogéria Nunes. Há testagem obrigatória, ainda, para doenças como toxoplasmose e citomegalovírus (da família do vírus da herpes). “O doador é testado obrigatoriamente para todas essas doenças”, pontua a coordenadora da Central de Transplantes. Na segunda-feira (14), duas pessoas foram presas no Rio de Janeiro por suspeita de envolvimento em um caso de órgãos para transplante que resultou em infecção com HIV para seis pacientes receptores. Os exames eram feitos pelo laboratório privado PCS Lab Saleme, que possuía contratos assinados com o Governo do Rio. A polícia investiga quais falhas levaram à contaminação dos pacientes. No Rio Grande do Norte, de acordo com Rogéria Nunes, os testes sorológicos são feitos por laboratórios públicos. “O nível técnico dos profissionais que atuam nesses laboratórios – o Lacem e o Hemonorte – é muito alto. São profissionais treinados para atender a grandes demandas, uma vez que eles atuam em todo o Estado, seguindo as normas do SNT, o Sistema Nacional de Transplantes”, esclarece Nunes.


*Há menos de um mês para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, alunos de todo o país se preparam nessa reta final até a realização das provas. Além de revisar o conteúdo estudado, outra preparação é apontada como essencial: a emocional. Nesta edição de 2024, mais de 5 milhões de pessoas se inscreveram para as provas que serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro. Só do RN foram 119.088 inscritos, segundo dados do Ministério da Educação. A pressão da concorrência e a necessidade de demonstrar por meio das avaliações os conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de estudo deixa os alunos ansiosos e preocupados acerca do futuro profissional. A tão sonhada vaga em uma universidade pública parece ditar o sucesso ou fracasso dos candidatos. Entretanto, educadores e psicólogos ressaltam que, se não for utilizada como uma aliada, essa tensão pode atrapalhar o desempenho do aluno durante as provas, além de causar outros problemas de ordem emocional, como insônia e crise de ansiedade. “É humanamente impossível não ficar nervoso com a proximidade da prova, porque a ansiedade é uma sensação natural no nosso corpo que aparece quando nós estamos diante de algo novo, desconhecido ou desafiador. Isso é algo que nos prepara quando algo está por vir. Nessa reta final em que a ansiedade vai aumentando, nós devemos utilizá-la como aliada. Ter um certo nível de preocupação ajuda para nos motivarmos a dar o nosso melhor”, explica a psicóloga do Ensino Médio do Colégio CEI (Romualdo e Roberto Freire), Isis Barreto. Para tentar amenizar o estresse natural que envolve esse período de transição na vida dos estudantes, é essencial ter o apoio de familiares, amigos e de profissionais preparados para lidar com essas questões, tais como psicólogos, professores e orientadores educacionais. Mas essa preparação emocional deve começar muito tempo antes do período próximo à prova ou do último ano escolar.


*A maioria dos brasileiros a partir dos 16 anos é favorável à proibição do uso de celulares por crianças e adolescentes nas escolas, tanto em sala de aula quanto nos intervalos. De acordo com uma nova pesquisa Datafolha, 62% da população apoia o banimento. Na parcela da população que tem filhos de até 12 ou de até 18 anos o apoio à proibição é um pouco maior: 65%. Ao mesmo tempo, 43% dos pais de crianças de até 12 anos dizem que seus filhos já têm aparelho celular próprio, e até 18 anos, 50%. É ainda maior o número dos que consideram que o celular traz mais prejuízos do que benefícios ao aprendizado de crianças e adolescentes: 76% da população e 78% entre os que são pais de crianças.


*A defesa da influenciadora Deolane Bezerra, convocada para depor na CPI das Apostas Esportivas do Senado, pediu acesso aos documentos obtidos pela comissão de inquérito antes de seu depoimento no colegiado. O pedido para ter acesso aos autos da CPI foi feito pelos advogados da influenciadora no último dia 11 de outubro. Eles alegam que é direito da defesa ter acesso aos autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza. Na segunda-feira (14/10), o presidente da CPI, Jorge Kajuru, deferiu parcialmente a requisição dos advogados de Deolane. Ele deu acesso aos documentos públicos da comissão e colocou a secretaria do colegiado para “qualquer auxílio que se faça necessário”. Entretanto, o senador não permitiu que Deolane e seus advogados tenham acesso aos documentos com informações sigilosas da CPI. Parte deles contém dados como dados de contas bancárias de investigados pela comissão. “Pode ser desarrazoado que a comissão parlamentar de inquérito venha a franquear acesso a documento em relação ao qual a sua própria fonte não permitiu que se lhe acessasse”, afirmou Kajuru na decisão.


*Uma das medidas estudadas pela equipe econômica dentro do pacote de revisão de gastos públicos, a limitação dos supersalários pode gerar economia de R$ 5 bilhões em 2025, segundo cálculos do Centro de Liderança Pública (CLP). Essa economia poderia ajudar o país a estabilizar a dívida pública bruta, uma cobrança do mercado financeiro e que recentemente passou a ser admitida como questão também pelo Ministério da Fazenda. A pesquisa usou dois dados: um do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2023 e 2024 – e outro elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego – a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), neste caso de 2021, que contém números mais precisos de efetivo e distribuição dos servidores. Com base nesse dados, o CLP estimou que o gasto extrateto será de R$ 4,4 bilhões em 2024 e de R$ 5,01 bilhões em 2025. Esses valores consideram o nível de preços do segundo trimestre de 2024.

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