08/09/2024

PESCA: O RN É O TERCEIRO MAIOR EXPORTADOR DE ATUM DO BRASIL

Atum nobre e valor agregado fazem do RN 3º maior exportador do Brasil

Tendo uma cadeia produtiva instalada e reconhecida nacionalmente com técnicas pioneiras e inovadoras, o Rio Grande do Norte é o terceiro maior exportador de atum do Brasil, segundo dados do Observatório da Industria Mais RN, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern). Entre janeiro e junho de 2024, o Estado exportou 456,651 toneladas de atum, gerando receita na ordem de US$ 4,615 milhões, cerca de 25% do total exportado no Brasil. De 2019 a 2024 (1º semestre), foram exportados 7,7 mil toneladas de atum, o equivalente a quase US$ 70 milhões, cerca de R$ 395 milhões na cotação atual. A atividade é uma das mais pujantes economicamente do Estado e busca novas tecnologias para alcançar números ainda maiores.

Segundo dados do Observatório da Indústria Mais RN, de um total de US$ 18,5 milhões no primeiro semestre deste ano, o RN foi responsável por US$ 4,6 milhões, com Ceará em 1º lugar com US$ 7,5 milhões e Santa Catarina em 2º com US$ 5,5 milhões. Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2024, o RN alcançou US$ 2,8 milhões em negócios com atum tendo exportado 288,356 toneladas, ou seja, menos da metade do pescado enviado pelo Ceará e um terço do que Santa Catarina exportou, reforçando a qualidade do atum do RN. Esses dois estados exportaram, respectivamente, 663,719 toneladas (US$ 2,956 milhões) e 966,303 toneladas (US$ 4.109 milhões).

Para interlocutores do setor de pesca do Estado, empresários, pesquisadores e especialistas no tema, o RN se destaca por ser o principal produtor de atum para sushis e sashimis no Brasil, isto é, peixes que são vendidos para o mercado para serem consumidos crus. “Esses atuns nobres são direcionados para este mercado de sushi e sashimi para serem consumidos por este mercado, que é seletivo. É um mercado que se come por arte. Nesse pescado, o RN é o 1º, 2º e 3º colocado. O valor agregado dele é muito alto”, explica Gabriel Calzavara, presidente do Sindicato da Indústria da Pesca no Rio Grande do Norte (Sindipesca-RN).

Outros fatores também elevam o patamar do RN no tocante ao atum, como a qualidade do pescado e o tratamento dado ao peixe ainda na embarcação e o fato de praticamente toda a frota potiguar ser licenciada e regularizada junto à Marinha do Brasil. Atualmente, pelo menos 16 outros estados do Brasil exportam atum. Há ainda, no Estado, a pesca por cardume associado, de atuns mais jovens e mais “leves”, com foco na indústria da lata, com presença maciça de pescadores na região de Areia Branca.

Segundo o empresário e diretor da empresa potiguar Norte Pesca, Rodrigo Hazim, os estados de Ceará e Santa Catarina lideram as posições em exportações no Brasil em virtude dos tipos de atum pescados por esses estados, em especial voltados para a indústria de enlatados e em grande quantidade. No entanto, quando se observa atuns selecionados, nobres e voltados para a indústria de sushi e sashimi, o RN lidera as exportações.

“Em Santa Catarina há a produção do Atum Bonito Listrado, que é um atum de baixa qualidade para sushis, mas é utilizado na indústria da lata, muito forte lá. O Ceará por sua vez é a mesma situação: eles são os maiores exportadores no atum congelado, que é o de linha e que vai para indústrias de lata para fora do Brasil”, cita Rodrigo Hazim.

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