Indícios de caixa dois em campanha de Kalil podem prejudicar Tramonte em BH
A semana começou agitada na política belo horizontina, e não foi cadeirada de candidato em candidato, não, mas uma ação judicial contra o PSD, de Belo Horizonte, em que a empresa de comunicação da ex-deputada federal, Manuela D’Ávila, cobra uma dívida de mais de 1.5 milhão de reais, não paga pelo partido, referente a serviços prestados à campanha do ex-prefeito e então candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil, em 2022.
Segundo noticiou, com exclusividade, o site O Fator, parceiro de O Antagonista, a comissão provisória municipal, sob a presidência de Adalclever Lopes, homem de confiança de Kalil e atual coordenador de campanha de Mauro Tramonte (Republicanos) à prefeitura de BH, contratou a empresa gaúcha. Porém, além de não declarar o contrato à Justiça Eleitoral e fazer a “doação” à campanha estadual, a legenda também não efetuou o pagamento.
Após a publicação da matéria pelo O Fator, a Rádio Itatiaia – também de Belo Horizonte – localizou um outro contrato entre a campanha de Kalil e a mesma empresa, este quitado e regularmente declarado à Justiça Eleitoral, no valor de pouco mais de 1.5 milhão de reais. À noite, a CNN publicou matéria a respeito e, segundo um advogado ouvido pelo site, há indícios de caixa dois na campanha de Kalil para governador em 2022.
Troca-troca e tiroteio
Há algumas semanas, Alexandre Kalil deixou o PSD e seguiu para o Republicanos, em um movimento que surpreendeu toda a cidade. O atual prefeito de Belo Horizonte é Fuad Noman, também do PSD e vice na chapa de Kalil em 2020, que concorre agora à reeleição. Contudo, alegando ter sido abandonado pela legenda, o ex-prefeito aliou-se a Mauro Tramonte, que tem como vice Luísa Barreto, do partido Novo.
Em 2022, Kalil aliou-se ao presidente Lula e enfrentou o atual governador (reeleito) Romeu Zema (Novo), em uma campanha cheia de ofensas e acusações de lado a lado. Há até bem pouco tempo, antes de mudar de lado, Kalil chamava Zema de “mentiroso e incompetente“. Hoje, cerra fileiras ao lado de políticos ligados à Igreja evangélica e a bolsonaristas extremados, afastando-se oportunisticamente de seu passado ligado à esquerda.
Tão logo deixou o PSD, uma planilha vazada por gente do partido começou a circular pela cidade. Nela, nomes de funcionários pessoais de Kalil, pagos com o dinheiro da legenda. Estima-se que mais de 60 mil reais mensais eram gastos com o ex-prefeito. O partido é presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, Secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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