29/07/2024

'TRIUNFO DA CORRUPÇÃO'

Cuba, China e Rússia felicitam Maduro: “Triunfo da dignidade”

Países regidos por governos autoritários, a China, a Rússia e Cuba reconheceram prontamente a suposta vitória de Nicolás Maduro na Venezuela e parabenizaram o chavista, mesmo com denúncias por parte da oposição de que houve fraude eleitoral.

O líder cubano, Miguel Díaz-Canel, foi além e descreveu como um “triunfo da dignidade” sobre “pressões e as manipulações”.

– Hoje a dignidade e a coragem do povo venezuelano triunfaram sobre as pressões e as manipulações. Transmito ao irmão presidente Nicolás Maduro nossas afetuosas felicitações por esta vitória histórica e o compromisso de #Cuba de estar ao lado da Revolução Bolivariana e Chavista – disse o cubano por meio de publicação no X.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, por sua vez, felicitou a nação caribenha pela “organização bem-sucedida das eleições”. Ele disse que seu país e a Venezuela são “bons amigos e parceiros que se apoiam mutuamente” e frisou que Pequim está “disposta a trabalhar” com Caracas.

Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou Maduro por meio de comunicado do Kremlin e frisou que ele é “sempre bem-vindo em terras russas”. Putin ainda falou em uma “ordem mundial mais justa e democrática”.

– Gostaria de reiterar a vontade de continuar o nosso trabalho construtivo conjunto sobre a atual agenda bilateral e internacional. Lembre-se de que é sempre bem-vindo em terras russas. Estou convencido de que as suas atividades como chefe de Estado continuarão a contribuir para o seu desenvolvimento progressivo em todas as áreas. Isto responde plenamente aos interesses dos nossos povos amigos e está em consonância com a construção de uma ordem mundial mais justa e democrática – assinalou.

RESULTADOS

Na madrugada desta segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a vitória do ditador venezuelano Nicolás Maduro, garantindo seu terceiro mandato consecutivo.

No primeiro boletim oficial sobre o pleito, o órgão eleitoral afirmou que, com 80% da apuração total dos votos, Maduro tinha 51,2%, contra 44,2% do principal opositor, Edmundo González Urrutia.

Liderada por María Corina Machado e Urrutia, a oposição disse que não teve acesso às atas eleitorais e denunciou fraude, apontando que o Conselho Nacional Eleitoral é controlado pelo governo chavista.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, pediu que sejam apresentadas as atas de todas as mesas eleitorais “para garantir resultados plenamente verificáveis”. Ele ainda solicitou que “sejam mantidos a calma e o civismo que caracterizam o dia das eleições”.

Já o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, manifestou estar “seriamente preocupado” com a validade dos resultados e questionou se eles de fato refletem a vontade dos eleitores.

– Temos sérias preocupações de que os resultados anunciados não reflitam a vontade dos votos ou do povo venezuelano – ponderou Blinken.

Maduro, por outro lado, pediu respeito ao que chamou de “vontade popular”.

– É isso que peço como presidente, respeito pela Constituição, pelos poderes públicos e pela vida soberana da Venezuela, respeito pela vontade popular (…) Vou defender a nossa lei e o nosso anseio – declarou o chavista.

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