Nadadora transgênero Lia Thomas perde processo e está fora das Olimpíadas
A nadadora transgênero norte-americana Lia Thomas, de 25 anos, buscou recentemente, junto ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) na Suíça, anular as regras impostas pela World Aquatics que proíbem mulheres trans de competir em eventos de natação feminina.
Thomas argumentou que as regras são “inválidas e ilegais” e que a discriminação contra atletas transgênero não pode ser justificada como necessária, razoável ou proporcional para alcançar objetivos esportivos.
No entanto, na última quarta-feira (14), a CAS decidiu rejeitar o pedido de Thomas, afirmando que ela não tem elegibilidade para questionar as normas estabelecidas pela federação internacional.
Com essa decisão, Lia Thomas permanece impedida de competir em eventos de natação feminina, incluindo as Olimpíadas.
A regra em questão proíbe a participação de transgêneros que passaram pela puberdade masculina em competições internacionais femininas, a menos que tenham feito a transição antes dos 12 anos.
Thomas expressou sua decepção com a decisão do CAS, afirmando: “A decisão do CAS é profundamente decepcionante. As proibições gerais que impedem as mulheres trans de competir são discriminatórias e nos privam de valiosas oportunidades atléticas que são fundamentais para nossas identidades. A decisão do CAS deve ser vista como um apelo à ação para todas as mulheres atletas trans para continuarem a lutar pela nossa dignidade e direitos humanos.”
Em novembro de 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu que cada federação esportiva individualmente definiria seus critérios para a participação de atletas transgêneros e intersexuais.
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