06/06/2024

ESPAÇO DO LEITOR

 


CEARÁ-MIRIM. UMA POLÍTICA  SUJA, VIOLENTA, MACHISTA E EXCLUDENTE, QUANDO SE TRATA DO VALOR DA MULHER.

É  fato que em Ceará-Mirim  nunca uma mulher de origem humilde chegou a ocupar os poderes maiores deste município. Quando se trata da disputa de cargos públicos eletivos, a situação se torna ainda mais grave, haja vista  as imposições  e as barreiras de exclusão enfrentadas para viabilizar as candidaturas femininas. Culturalmente nunca o legislativo municipal teve o seu colegiado com uma maioria composta de mulheres, poucas vezes foi composto com a cota mínima de 30% do colegiado, exclusão esta já determinada  no momento da montagem das nominatas partidárias no período eleitoral, onde os machos impõem que as nominatas sejam montadas com um quantitativo de mulheres no máximo alcançando o mínimo  permitido de 30%. As  mulheres que conseguiram até os dias atuais se elegerem  vereadoras e até prefeitas deste município foram aquelas que antes mesmo de suas candidaturas assinaram seu atestado de submissão para poderem participar das panelinhas dos caciques e terem o direito ao seu quinhão das benesses do poder,  e outras pelo mero acaso de serem usadas para ocupar o cargo de forma figurativa por serem parentes dos supostos líderes políticos. Na verdade, neste  município as mulheres só são lembradas pelos tuxauas da política por força de lei ou para serem usadas por eles para alcançarem seus objetivos políticos e monetários, fora isto, são excluídas e/ou totalmente esquecidas.  As Mulheres quando estão sendo usadas pelos “homens” para em  parceria ocuparem cargos eletivos ou cargos públicos de livre nomeação  deles, são elogiadas de competentes, determinadas e honestas, mas quando ousam contrariar os interesses deles  e representam uma real ameaça que os impeça de se enraizarem no poder, logo todos os elogios antes proferidos dão lugar a ataques covardes pejorativos sórdidos,  orquestrado  na grande maioria das vezes  por alguém covarde frouxo e mentiroso  que exerce algum tipo de poder majoritário no município, alguém este que Lamentavelmente ao invés de zelar pelos princípios da moralidade pública e dos bons costumes, usa o dinheiro público para financiar suas estratégias de compadrios imorais para a permanência dele ou dos seus parentes no comando do município.  Há décadas neste município as mulheres vêm sendo vítimas de uma necropolítica machista, paternalista dominante  e fascista, onde para os “homens” se darem bem, necessariamente as mulheres tem que se darem mal.

Murilo Ferreira de Araújo

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