03/06/2024

ALERTA DE SAÚDE: CRESCEM ENTRE BRASILEIROS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

Doenças Inflamatórias Intestinais crescem entre brasileiros

É estimado que no Brasil existam 1 em cada 100 pessoas pessoas afetadas pelas Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), dentre as quais são destacadas a doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, sendo a segunda uma inflamação limitada à camada mucosa do cólon, se estendendo por todo o intestino até o reto. Já a Crohn é uma inflamação transmural, que atinge até camadas mais profundas do intestino, e pode se estender da boca até o ânus.

Ambas DIIs têm como sintomas a dor abdominal, diarreia crônica, febre e sangramento retal, sendo diagnosticadas através de exames de imagem como endoscopia e colonoscopia e, principalmente, com a devida investigação do quadro e extensão dos sintomas.

Por se assemelhar com o quadro de outras doenças, os sintomas das DIIs frequentemente levam a outros diagnósticos, o que atrasa e dificulta o tratamento da doença. A médica Gastroenterologista Lívia Medeiros reconhece no diagnóstico como principal dificuldade no tratamento da doença. “Pela semelhança com outros quadros, o paciente é conduzido a diversos outros tratamentos que acabam atrasando o devido acompanhamento e tratamento das DIIs”, destaca a médica.

“O paciente com DIIs apresenta um quadro inflamatório completo, e não apenas sintomas gástricos, a inflamação se generaliza pelo corpo e chega também a apresentar dores nas articulações, febres, feridas nas pele e olhos vermelhos”, explica Lívia.

Dentre os tratamentos para as doenças há as medicações orais e injetáveis, sendo destacado pelo especialista que o tratamento se dá através de remédios que atuam no imunológico do paciente, através da terapia imunobiológica. “Os medicamentos são de alto custo mas os pacientes conseguem eles através do Unicat, do SUS. Infelizmente, às vezes esses medicamentos estão em falta no sistema, o que acaba por prejudicar o tratamento dos pacientes,que podem desenvolver episódios de agravamento da doença”, relata a médica.

“Estudos recentes destacam que as DIIs já não são mais uma doença rara no Brasil, pois já temos uma em cada mil pessoas com um quadro de doença inflamatória. No meu levantamento recente, eu contabilizei 252 pacientes em acompanhamento aqui no Huol, com uma média de 2 novos pacientes por semana”, conta Lívia.

Sendo desencadeadas por fatores genéticos ou ambientais, as crises das DIIs têm como principais fatores questões emocionais, sendo entendida pela gastroenterologista como um dos gatilhos principais do aumento da doença nos últimos anos. “Hoje em dia nós vivemos em tempos de muitos hábitos e estresses que põem a nossa saúde e integridade em risco. Desde cotidianos corridos à alimentação, com muitos alimentos industrializados, ultraprocessados que, associados à uma rotina estressante, se tornam gatilhos que podem ativar a doença. A doença inflamatória tem um fator genético, tem que ter uma predisposição genética, mas os gatilhos ambientais influenciam e a faixa etária mais comum hoje em dia é nos jovens entre 15 e 40 anos. Então é nessa faixa que tem mais quadros de ansiedade e uma alimentação não tão balanceada, e tudo isso influencia”, analisa a médica.

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