28/01/2024

ESSA ONU É UMA 'COMERDIA'

Israel acusa chefe da ONU de ter ignorado evidências contra funcionários em Gaza nos ataques do Hamas

A acusação de uma suposta participação de funcionários da ONU nos ataques do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, se transforma em uma crise diplomática. Neste domingo, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, partiu para o ataque contra o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, acusando o chefe da entidade de ter ignorado evidências apresentadas a ele.

Israel acusa Guterres e diz que países financiam Hamas

Como resposta, porém, Erdan afirmou que o chefe da ONU ignorou repetidamente as “provas” apresentadas a ele com relação ao envolvimento da UNRWA em “incitação e terrorismo”.

“Todo país que continua a financiar a UNRWA antes de uma investigação abrangente da organização deve saber que seu dinheiro pode ser usado para o terrorismo, e a ajuda que será transferida para a UNRWA pode chegar aos terroristas do Hamas em vez de chegar ao povo de Gaza”, declarou o embaixador, nas redes sociais.

O problema, segundo fontes da entidade, é que os anúncios foram feitos por alguns dos maiores doadores da agência, o que levou seus diretores a organizar encontros de emergência para tentar entender como ficam as contas da operação para atender a 2,2 milhões de pessoas em Gaza.

Na sexta-feira, a ONU anunciou que abriu investigações sobre o caso. A notícia levou o governo dos EUA a anunciar a suspensão do repasse de dinheiro para a agência que se dedica a cuidar dos refugiados palestinos, a UNRWA. Um dia depois, os governos do Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça, Canadá, Austrália e Finlândia adotaram a mesma estratégia.

Juntos, os países que anunciaram a suspensão de recursos são responsáveis por grande parte do orçamento da instituição. Em 2022, por exemplo, a agência recebeu US$ 1,1 bilhão para suas operações. US$ 425 milhões vieram desses governos que agora optaram por suspender seus repasses. Se a UE for incluída, isso significaria mais US$ 114 milhões.

Durante a madrugada, Guterres emitiu um comunicado no qual anunciou que foi tomada uma “ação rápida após as alegações extremamente graves contra membros da equipe da UNRWA”. “Uma investigação do Escritório de Serviços de Supervisão Interna da ONU foi imediatamente acionada”, disse.

Segundo ele, das 12 pessoas implicadas, 9 foram imediatamente identificadas e demitidas pelo Comissário Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini. Uma foi confirmada como morta, e a identidade das outras duas está sendo esclarecida.

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