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Coroação do rei Charles 3º custará o equivalente a R$ 625,3 milhões aos contribuintes britânicos

A coroação do rei Charles 3º custará aos cofres públicos até 100 milhões de libras esterlinas, o equivalente a R$ 625,3 milhões. A informação foi divulgada em veículos notórios da imprensa internacional, como o jornal britânico The Guardian e a revista americana Time.

A cerimônia vai ocorrer no próximo sábado (6), na Abadia de Westminster, em Londres. Mas, além do tradicional desfile, o evento vai contar também com outras iniciativas, como um show noturno e uma grande refeição nacional. Ao todo, serão três dias de celebrações.

Ao contrário da mãe de Charles, a falecida rainha Elizabeth 2ª, que, em 1953, foi coroada em cerimônia de três horas com 8.000 convidados e uma carruagem do século 18, o rei terá uma coroação mais simples e moderna. O evento será limitado a 2.000 convidados, terá pouco mais de uma hora de duração e contará com uma carruagem climatizada, com ar-condicionado, vidros elétricos e suspensão hidráulica.

A decisão de fazer uma cerimônia mais modesta pode ser explicada, em parte, pela sensibilidade de Charles à crise do custo de vida que assola o país, bem como pela ambição do rei de ter uma monarquia mais moderna e enxuta. Ainda assim, os custos do evento são altos e incomodam parte dos britânicos, que não querem arcar com as despesas da cerimônia.

No Twitter, usuários expressaram repúdio sobre a situação.

"Coroação britânica vai custar 100 milhões de libras ao contribuinte. Retuíte se você concorda que isso é um obsceno desperdício de dinheiro público, especialmente durante uma crise", escreveu um usuário.

"Totalmente nojento e vergonhoso em qualquer momento, sobretudo durante esta crise. A monarquia está desatualizada", lamentou outro.

"Por favor, lembre-me novamente, por que estamos tendo que pagar 100 milhões de libras pela coroação do rei Charles?", questionou um terceiro.

O jornalista Norman Baker, colunista do The Guardian, também se manifestou sobre o assunto. Em texto publicado neste sábado (29), ele critica duramente o fato de a coroação ser paga com dinheiro público e define as tradições reais do país como "egoístas". Ele questiona, ainda, por que o soberano precisa de uma coroação, uma vez que já é o rei e outros países monárquicos, como Dinamarca, Suécia e Noruega consideram a prática "arcaica e desnecessária".

r7