09/11/2022

O CENTRÃO É O 'CARA'

Lula diz que conversará com o Centrão e que não vê Congresso sendo problema

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, após uma série de visitas chefes de Poderes e líderes de instituições em Brasília, que o PT precisará aprender a conversar com o Centrão e que não vê chance de problemas com o Congresso. Segundo o petista, não cabe ao Poder Executivo interferir nas eleições na Câmara dos Deputados e do Senado. Nesta quarta ele se encontrou com os presidentes das duas Casas: Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente.

"Eu já digo que muitas vezes que a gente não tem que olhar o Congresso e o Centrão. Não. O Centrão é uma composição de vários partidos políticos com quem o PT tem que aprender a conversar, com quem o Alckmin tem que aprender a conversar, que eu tenho que aprender a conversar. E tentar convencê-los das nossas propostas. E isso nós vamos fazer com muita competência, porque o Brasil não tem tempo de ficar essa turma se combatendo, se xingando, se odiando", disse ele.

Lula afirmou estar "convencido de que o Congresso não vai criar problemas". "Que vai ter gente contra vai ter. Que vai ter gente favorável vai ter muito mais. Que vai ter gente que não gosta de nós vai ter. Que vai ter gente que gosta vai ter. O nosso papel é saber o seguinte: não cabe ao presidente da República interferir no posicionamento da Câmara nem do Senado. Nós somos Poderes autônomos. Nem eles interferem no nosso comportamento nem nós nos deles e assim a sociedade vai viver tranquilamente, e democraticamente as coisas vão acontecer", disse Lula.

Sobre isso, ele reforçou que não fará interferências nas eleições para as duas Casas. Tanto o deputado Arthur Lira quanto o senador Rodrigo Pacheco lutam por suas reeleições.

"Não cabe ao presidente da República interferir em quem será o presidente do Senado ou o presidente da Câmara. Ou seja: quem vai decidir quem vai ser o presidente das Casas serão os senadores e deputados. O papel do presidente da República não é gostar de quem é presidente. É conversar com quem dirige a instituição", afirmou.

otempo

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