16/06/2022

PF: SANGUE EM BARCO DE PELADO NÃO ERA DE JORNALISTA E LANCHA NÃO É ENCONTRADA

Caso Dom e Bruno: PF não acha lancha e sangue em barco de Pelado não era de jornalista

A Polícia Federal divulgou na noite desta quinta-feira (16) que não achou o barco onde estavam o indigenista licenciado da Funai Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, que foram assassinados e tiveram os corpos escondidos, segundo confessou em depoimento o pescador Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, após ser preso, em depoimento.

O comunicado da equipe de buscas da PF acrescentou, no entanto, que o exame de amostras de sangue que estavam no barco de Pelado descartaram que o material pudesse ser de Dom. Em relação a Bruno, o exame foi inconclusivo, segundo a polícia, e seriam necessários exames complementares.

Além disso, o material orgânico recolhido no rio durante as buscas ao jornalista e ao indigenista desaparecidos no dia 5, não detectou DNA humano, mas o resultado pode ter sido influenciado pela degradação das amostras. A PF acrescentou que começam amanhã as análises dos remanescentes de corpos humanos que foram descobertos ontem (15), a partir de indicações de Pelado, em sua confissão.

Abaixo, a íntegra da nota.

O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que ainda não foi encontrada a embarcação que estava sendo utilizada por Bruno Pereira e Dom Phillips, apesar de exaustivas buscas realizadas nesta data no perímetro apontado por A.C.O. (iniciais).

Informa, também, que das amostras coletadas no barco do suspeito foi obtido um perfil genético completo, de indivíduo do sexo masculino. Confrontando-o com os perfis genéticos de referência dos desaparecidos, o Instituto Nacional de Criminalística excluiu a possibilidade desse vestígio ser proveniente de Dom Phillips. A possibilidade de ser originada de Bruno restou inconclusiva, sendo necessária a realização de exames complementares.

Quanto às vísceras encontradas no rio, apesar da compatibilidade com origem humana na análise macroscópica, não foi detectado DNA humano. Esse resultado pode ser devido à degradação do DNA autossômico ou à origem não humana da amostra, segundo os peritos.

Esclarece, ainda, que o processo de identificação dos remanescentes humanos coletados na data de ontem terá início amanhã, com previsão de conclusão na próxima semana.

Por fim, as equipes de investigação prosseguem realizando diligências visando a completa elucidação do caso.

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