Julgamento do vereador petista que invadiu igreja é suspenso por pedido de vista
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba suspendeu nesta sexta-feira, 6, a sessão que pode cassar Renato Freitas, vereador petista que invadiu a Igreja do Rosário, no centro histórico de Curitiba, em 5 de fevereiro deste ano.
A vereadora Maria Letícia (PV) pediu vista ao relatório de Sidnei Toaldo (Patriota). Maria é vice-relatora do processo administrativo disciplinar contra o petista e pode votar com o relator ou apresentar um segundo parecer.
Pelo regimento do conselho, Maria Letícia tem três dias úteis para analisar o relatório, mas a vereadora comprometeu-se a devolvê-lo para votação já na segunda-feira. Dessa forma, o presidente do Conselho de Ética, Dalton Borba (PDT), marcou nova reunião para a terça-feira 10, às 14h.
Ao defender a cassação de Freitas, Toaldo descartou as infrações de invasão da igreja e interrupção de culto religioso, mas enquadrou Freitas nos atos de perturbação e manifestação política no interior de templo religioso. Segundo o relatório, os motivos são suficientes para caracterizar a quebra de decoro parlamentar por abuso de prerrogativas, o que levaria à perda do mandato.
Vereador petista que invadiu igreja recebeu apoio de Lula
Alguns dias depois de Freitas invadir a igreja, o ex-presidente Lula saiu em defesa do vereador. “Por ser jovem, esse menino cometeu um abuso. Ele tem o direito de pedir desculpas e de ser perdoado”, disse.
Lula afirmou ainda que o PT vai articular-se na Câmara Municipal em prol de Freitas. “Nós vamos te defender”, prometeu. “Não vamos querer que você seja cassado. Não vamos permitir que a direita conservadora da Câmara te casse.” Lula considerou o episódio de invasão como “deslize político”.
Segundo Lula, Freitas deveria ter adotado outras estratégias, como pedir para o padre “rezar uma missa para o povo negro” ou enviar um ofício pedindo que a igreja tenha “um, dois padres negros”. “O que não tem sentido é invadir a igreja, transformar um templo religioso em um lugar de protesto”, observou.
Revista Oeste
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