14/08/2021

CBF: BRASILEIRÃO COM VOLTA DE TORCIDA NO SEGUNDO TURNO

CBF quer volta de torcida no segundo turno do Brasileirão

A CBF prevê as primeiras experiências de retomada da torcida no segundo turno do Campeonato Brasileiro e nas quartas de finais da Copa do Brasil. Isso deve acontecer no final de agosto e início do mês de setembro. A entidade deve buscar o aval das autoridades estaduais para que as partidas sejam realizadas com público parcial.

O governo estadual de Minas Gerais, por exemplo, já autorizou a reabertura nos municípios que estão na “fase verde” no combate à pandemia. Hoje, a região do Vale do Aço, onde se localiza Ipatinga, é a única que poderia receber torcida na arena sem restrições.

Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB), afirmou na quarta-feira que não vai antecipar a data para a volta do público aos estádios e que isso só deve ocorrer em 1º de novembro.

A Conmebol autorizou em julho o retorno do público aos estádios nos jogos das oitavas de final da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. Isso depende, no entanto, da liberação das autoridades locais. A prefeitura do Rio de Janeiro liberou a presença de público na final da Copa América no início do mês de julho. O Maracanã recebeu cerca de 1.600 torcedores na vitória da Argentina sobre o Brasil. O cenário mudou em setembro. O poder municipal havia liberado a volta gradual aos estádios, mas voltou atrás em função do aumento de casos de covid-19 na cidade

FALTA DE BILHETERIA – A ausência de bilheteria afetou de forma significativa o orçamento dos clubes brasileiros. O Fortaleza, dono da segunda maior média de público do Campeonato Brasileiro em 2019, foi uma das principais equipes afetadas pela falta de bilheteria. A receita bruta dos ingressos em 2019 foi de aproximadamente R$ 11 milhões, o que representa cerca de 10% da receita operacional. A saída, como conta o presidente Marcelo Paz, foi reduzir gastos. “A perda das receitas com bilheterias foi minimizada, mas é difícil compensá-la”, avalia. De maneira geral, a participação da venda de ingressos no total de receitas dos clubes gira de 10% a 15%.

O Cuiabá, estreante na Série A, estima perdas de R$ 1 milhão por mês por conta da falta de público. A torcida planejava ver o clube na primeira divisão pela primeira vez. “Para o mato-grossense, não poder ir ao estádio neste momento é difícil. Ficamos 35 anos sem ter um time do estado na Série A. Era um sonho de todos”, declarou Cristiano Dresch, vice-presidente do clube.

No Brasileirão de 2019, último com a presença de torcida, a receita bruta resultante da venda de ingressos dos clubes da Série A foi de aproximadamente R$ 270 milhões.

Agência Estado

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