27/06/2021

O COVAXÃO - POR GLÁUCIO TAVARES

O Covaxão visava comprar deputados para aprovar a Reforma Administrativa

Por Gláucio Tavares*


Que ironia do destino: o esquema de corrupção de compra superfaturada da vacina Covaxin, com dispêndio de 1 bilhão e 600 milhões de reais, articulada por empresas ligadas ao deputado federal e líder do governo da Câmara Federal Ricardo Barros, com o conhecimento e complacência do Presidente Bolsonaro, foi revelado por um servidor público efetivo, com estabilidade no serviço público, que impediu Bolsonaro e companhia limitada de afanar o erário.

Pois é, a referida organização criminosa certamente visava, com o recebimento de propinas decorrentes da compra superfatura da vacina Covaxin, despesa que inclusive já tinha nota de empenho, a compra de parlamentares para votarem favoravelmente a PEC 32/2020, a chamada Reforma Administrativa, cuja coluna vertebral é acabar com a estabilidade no serviço público e encher os órgão público de cargos comissionados, sujeitos a velha prática da família presidencial rachadinha.

Bolsonaro e a sua base aliada pretendem acabar com a estabilidade no serviço público justamente para ter mais tranquilidade em assaltar os cofres público, posto que a estabilidade de alguns servidores confira uma verdade pedra no sapato dos ladrões dos cofres públicos.

O desmonte do esquema de corrupção Covaxão é um exemplo indubitável da importância da estabilidade dos servidores públicos e da necessidade da Reforma Administrativa de Bolsonaro ser derrotada.


*Gláucio Tavares é graduado em farmácia pela UFRN, bacharel em Direito pela UERN, pós-graduado em Direito Penal e Direito Tributários pela Universidade Anhanguera-LFG e ativista político pela democracia. Visite o canal Gláucio Tavares no YouTube.

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