19/05/2021

VIRA PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL O GRUDE DE EXTREMOZ

Grude de Extremoz vira Patrimônio Cultural Imaterial do RN

O Governo do RN sancionou a lei Nº 10.903, que considera como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte o grude de Extremoz. A publicação da lei foi feita no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (19). A lei entra em vigor na data de sua publicação.

A proposta foi apresentada pelo deputado estadual Hermano Morais (PSB) ainda em 2019 na Assembleia Legislativa, com o objetivo de assegurar a permanência da cultura do grude, “meio de vida de muitos em Extremoz e traço marcante da nossa identidade”.

O grude é a iguaria mais popular da região, um bolinho feito da goma de mandioca, com leite de coco. A cidade também costuma comemorar a Festa do Grude, além de ter a Casa do Grude, a Praça do Grudeiro, a estátua do “Menino do Grude” e até mesmo a linha de trem urbano é conhecida como o “Trem do Grude”.

A estátua do "Menino do Grude" é um dos cartões postais mais famosos da cidade que também é conhecida como "Terra da Grude". A Estátua fica localizada no cruzamento das Avenidas Coqueiros com Pedro Vasconcelos, no Centro de Extremoz, em frente à Câmara Municipal.

O grude faz link direto com a herança indígena potiguar, como registrado na literatura por Luís da Câmara Cascudo, e se tornou símbolo da gastronomia norte-rio-grandense. Justificativa usada por Hermano no projeto: “Precisamos reconhecer o quanto o que é nosso tem valor e garantir a sua sobrevivência”.

De acordo com a prefeita Jussara Sales (PROS), “quem é de Extremoz sabe da importância do grude. Que representa quem somos e faz sucesso entre potiguares e turistas. A lei é de suma importância para fortalecer a iguaria, pois muita gente em Extremoz sobrevive do grude”, disse a gestora municipal.

Dona Sônia é uma das extremosenses que faz da iguaria o seu ofício. “É uma tradição nossa, de onde várias famílias tiram o pão. É importante não só na minha vida, mas também na de vários conterrâneos. E por isso mesmo tem de ser para sempre”. Palavras da fazedora de grude, que há anos mantém viva a tradição e que agora prepara com as mãos um patrimônio do RN.


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