Marcelo Hollanda: Centrão quer a cabeça de Rogério Marinho, segundo o jornalista Lauro Jardim
Sincericídio de Marinho
“Sincericídio”, segundo o professor Google, é aquela expressão que pontua uma situação de exposição de uma verdade relativa. É quando uma pessoa pontua opiniões e julgamentos sem considerar o sentimento do receptor ou a conveniência social”. Quer dizer: quem comete, não está nem aí.
Perguntou, levou
Indagado pelo O Globo sobre as razões pelas quais boa parte do valor das emendas para a Codevasf ficou nas mãos de aliados do governo – e se isso não mostra um toma lá dá cá que o presidente Bolsonaro recriminava durante a campanha – Marinho foi sincero por demais.
O que ele disse
Perguntou o ministro: “O presidente Bolsonaro colocaria recursos para alguém da oposição? Por que? Qual é a motivação para dar recurso a um parlamentar do PT, do PDT, que agride o presidente todos os dias?”
O raciocínio
Para Rogério Marinho, quem definiu essa discricionariedade foi a própria dinâmica política do Parlamento e nisso ele foi absolutamente brilhante. “É muita ingenuidade imaginarmos que na discricionariedade você vai tratar os desiguais de forma igual”. Pronto, falou.
Notável
O que é fantástico nesse raciocínio é sua clareza solar no que diz respeito às intenções do governo. Como se dissesse: “A culpa não é minha, é do Congresso”.
Velha política
Economia e política andam juntas desde sempre. Só que ao assumir essa compra explícita de congressistas e ainda afirmar que se trata de uma dinâmica da democracia, o experiente político potiguar se coloca no alvo dos próprios parlamentares do Centrão por seu excesso de sinceridade.
Em outras palavras
Neste fim de semana, no mesmo jornal O Globo, o colunista Lauro Jardim afirmou que o próprio presidente Bolsonaro informou a Rogério Marinho que o Centrão queria sua cabeça. Independentemente do que vai acontecer, a sinceridade sempre tem seus limites.
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