Ministério da Saúde orienta hemocentros a permitir doação de sangue por homens gays

"Cabe ressaltar que todos os candidatos à doação de sangue permanecerão sendo submetidos à análise prévia, com questionários e teste sanguíneo, objetivando garantir a segurança transfusional", diz a nota do Ministério da Saúde.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", hemocentros vinham rejeitando as doações de homens homossexuais mesmo após a decisão do STF. Mas, após pressão para cumprir a determinação da Corte, o Ministério da Saúde orientou os gestores estaduais a aceitarem as doações.
Para a maioria dos ministros do STF, as regras derrubadas tratam os homens homossexuais de forma preconceituosa, porque focam na orientação sexual, e não no suposto comportamento de risco do candidato a doador. A ação julgada pela Corte foi apresentada pelo PSB.
A portaria 158, de 2016, do Ministério da Saúde, lista uma série de impedimentos para pessoas doarem sangue pelo período de 12 meses. Um dos artigos refere-se a “homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes”. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 34 da Anvisa, de 2014, tem a mesma regra. O texto considera o sexo entre homens uma “prática sexual de risco”.
Para o PSB, na prática, as regras impedem que gays doem sangue de forma permanente, situação que revela “absurdo tratamento discriminatório por parte do poder público em função da orientação sexual”.
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