Em relatório, PF responde a pergunta: quem mandou matar Bolsonaro?

O comentário de Carlos Bolsonaro foi publicado às vésperas de a Polícia Federal entregar à Justiça um relatório sobre a investigação do caso. No documento, obtido por VEJA, são listadas todas as apurações feitas desde setembro de 2018. Ao todo, foram ouvidas 77 testemunhas e entrevistadas 65 pessoas durante os trabalhos realizados em diferentes cidades do país. Para descobrir se houve um mandante do crime, peritos analisaram 611 995 sinais de telefone, 350 horas de imagens, 1.200 fotos, 6 000 mensagens instantâneas e 2 300 e-mails. Além disso, foram rastreados os últimos sete anos da vida do ex-garçom Adélio Bispo de Oliveira, preso em flagrante logo após atacar Bolsonaro. A PF levantou as suas viagens pelo Brasil, as suas últimas chamadas telefônicas, as transações bancárias e as mensagens enviadas pelo Facebook.
Os advogados do esfaqueador também passaram por um rigoroso pente-fino – que examinou as suas relações com membros de facções criminosas, os seus sigilos bancários e o histórico de patrimônios. O único material que não pode ser averiguado foram os celulares dos defensores. A perícia nos aparelhos foi suspensa após uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que analisa se o acesso ao conteúdo os telefones violaria o sigilo profissional. “Até aqui, a investigação, marcada ininterruptamente pelo rigor técnico, demonstrou que Adélio Bispo de Oliveira atuou sozinho, por iniciativa própria, tendo sido responsável pelo planejamento da ação criminosa e por sua execução, não contando, a qualquer tempo, com o apoio de terceiros”, escreveu o delegado Rodrigo Morais.
Veja
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